Depois de muita incerteza, o Réveillon do Rio de Janeiro conseguiu patrocínio para a comemoração. Duas empresas vão investir R$ 3 milhões. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (23), pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), em uma coletiva de imprensa.

O prefeito disse ainda que os patrocínios não alcançaram o valor total da festa, a diferença será complementada pela prefeitura. No entanto, ele não especificou qual seria esse valor.

Paes reafirmou que esforços do município para a organização do evento serão feitos a fim de evitar a formação de aglomerações.

Entre as medidas definidas, haverá controle no acesso à capital fluminense e especificamente ao bairro de Copacabana, conhecido internacionalmente pelas comemorações do maior Réveillon do país. A queima de fogos prevista para a orla terá 16 minutos de duração e será a maior da cidade.

“Transporte público: estamos fazendo tudo ao contrário dos outros anos, quando não tínhamos pandemia. Linhas de ônibus sem reforço. Queremos que as pessoas busquem locais com fogos perto das suas casas para evitar grandes deslocamentos. Quem tentar ir de carro e parar onde não pode vai ser rebocado. Então, nosso esforço é para desestimular aglomerações, em especial em Copacabana”, enfatizou o prefeito.

O metrô vai fechar às 20h do dia 31 de dezembro e reabrir às 7h do dia 1 de janeiro. Os veículos fretados também serão proibidos de entrar na cidade a partir da meia-noite do dia 30 de dezembro.

Em Copacabana, carros não poderão circular a partir das 19h do dia 31 de dezembro. Para esse último dia do ano, moradores e hóspedes terão até às 22h para entrar no bairro.

Sobre os contratos das balsas para o espetáculo pirotécnico, Paes confirmou que todos já foram fechados. A estratégia nesse quesito é fazer com que a queima aconteça em 10 pontos diferentes, como nas edições anteriores, mas com restrições e sem reforço na logística de transportes, para evitar que grandes multidões se formem no mesmo lugar ao mesmo tempo.

A organização prevê ainda uma galeria de arte urbana nas ruas, com obras expostas para que cariocas e turistas possam tirar fotos e interagir.

A festa de Copacabana contará com uma playlist montada e acompanhada em tempo real pelo DJ MAM. Mas, desta vez, ele não estará em um palco, para ser visto pelo público. A estratégia é isolá-lo em um ponto não revelado, para que comande a festa a distância.

Todo o som de Copacabana, incluindo a playlist, estará disponível on-line, para que as pessoas possam acompanhar em suas casas ou celebrações privadas e não precisem se deslocar para a praia mais famosa do país.

Para aqueles que forem à praia, os quiosques terão autorização para funcionar, mas não podem cercar o espaço para fazer festas com venda de convites. Sobre o tema, Paes fez um alerta:

“Não comprem ingressos para festinhas particulares em quiosques. Isso não é permitido. Vai ter fiscalização. Não pode privatizar o espaço público”, disse.

De acordo com o prefeito, o Comitê Científico da cidade autorizou o formato de Réveillon definido pelo município. Será o reencontro de cariocas e turistas com a festa, que não ocorreu em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus.

Segundo as autoridades sanitárias municipais, a cidade tem um cenário epidemiológico favorável e o avanço da variante Ômicron, que já foi detectada na capital fluminense, está em monitoramento.

“Não vamos transformar a questão na grande festa da hipocrisia. O vírus não escolhe só a noite do Réveillon. Carnaval idem. A gente vai agir com racionalidade, permitir que as pessoas celebrem a virada do ano”, conclui o prefeito.

Além de Copacabana, haverá queima de fogos nas praias de Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Sepetiba, na Zona Oeste, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul, na Ilha do Governador, no Piscinão de Ramos, na Igreja da Penha e no Parque Madureira, na Zona Norte, além do estádio de Moça Bonita, em Bangu, na Zona Oeste.

Veja as queimas de fogos no Réveillon do Rio de Janeiro em anos anteriores

Fonte: CNN Brasil