O número de reclamações sobre cancelamentos de voos cresceu quase 40% nos primeiros quinze dias de 2022, em comparação com o mesmo período de dezembro. A pesquisa é do site Reclame Aqui.

Nas últimas semanas, as empresas aéreas suspenderam voos nacionais e internacionais por causa do aumento dos casos de Covid-19 entre funcionários e tripulantes.

O levantamento analisou as reclamações feitas na primeira quinzena de janeiro sobre 33 companhias aéreas, tanto internacionais quanto nacionais, além de fazer um recorte voltado às três principais companhias do Brasil.

Do total, as reclamações aumentaram em 37,64% entre os dias 1 e 16 de janeiro, se comparadas ao mesmo período de dezembro de 2021. Lá, foram feitas 3034 reclamações e, aqui, 4.176.

Entre as companhias aéreas nacionais, a que registrou o maior número de reclamações foi a Azul, que, nessa primeira quinzena, teve 1545 queixas – uma alta de quase 200%.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) já havia autorizado operações com menos tripulantes e passageiros para empresas aéreas, por causa do aumento do número de casos de Covid-19 entre os funcionários.

Neste primeiro mês do ano, houve uma demanda maior por voos por conta do período de festas e férias. Com parcela significativa de funcionários afastada por causa do resultado positivo, muitas operações tiveram que ser remanejadas, remarcadas ou mesmo canceladas.

Caso afetado, o consumidor tem direito a reacomodação em outro voo, ou mesmo reembolso integral dos valores pagos, dentro de um prazo de 7 dias. Ele também pode optar pela remarcação da passagem sem qualquer custo adicional.

Se o consumidor quiser cancelar a passagem por conta própria, a empresa aérea tem o direito de cobrar taxas já previstas no contrato.

CNN consultou empresas aéreas sobre cancelamentos e prejuízos ao consumidor. Até o momento da reportagem, apenas a Azul se pronunciou.

Em comunicado, informou que, razões operacionais, alguns voos estão sendo remarcados, mas reforçou que “mais de 90% das operações estão funcionando normalmente”.

A empresa informou ainda que os clientes impactados estão sendo notificados de possíveis alterações, reacomodados em outros voos da própria companhia e recebendo toda a assistência necessária, conforme prevê a resolução Nº400 da ANAC.

Se o consumidor não for atendido durante o período estipulado de 7 dias, conforme diz o Código de Defesa do Consumidor e regras da ANAC, ele pode fazer um registro de queixa no site do Procom.

*Publicado por Ligia Tuon

Fonte: CNN Brasil