A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (31) dezenove mandados de apreensão de caminhões e outros veículos em Chapecó e Cordilheira Alta, em Santa Catarina, de uma organização criminosa especializada no contrabando de cigarros do Paraguai para os estados do Sul do Brasil.

Está segunda fase da operação “Carcinoma”, que busca atingir financeiramente a organização através da apreensão de bens que possibilitem o ressarcimento dos prejuízos e impedir que o crime volte a acontecer.

As investigações mostram que os líderes da organização possuíam uma revendedora de caminhões de fachada, e aliciavam motoristas para fazerem o transporte dos cigarros contrabandeados, e que seriam beneficiados logo após um determinado número de viagens com o repasse do caminhão. Essa maneira de operar, tinha a intenção de desvincular dos líderes, a responsabilidade caso a carga fosse apreendida e o motorista preso.

Durante as investigações, já foram apreendidos 12 milhões de maços de cigarros contrabandeados e 41 caminhões. O valor estimado da carga é de R$ 60 milhões, e cerca de R$ 30 milhões em tributos sonegados. A Polícia também prendeu 44 pessoas em flagrante.

Com a primeira fase da operação em novembro de 2021, a PF cumpriu dez mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão. As ações foram feitas em Tenente Portela e Três Passos, no Rio Grande do Sul, nos municípios catarinenses de Chapecó, São Miguel do Oeste e Cordilheira Alta, e no Paraná, nas cidades de Guaíra, Cascavel, Umuarama e Floresta.

O nome da operação, “Carcinoma”, se refere a um tipo de câncer, fazendo relação não só aos prejuízos causados pelo cigarro a saúde, mas também porque a organização criminosa aliciava pessoas sem antecedentes criminais, prometendo vantagens de acordo com o sucesso da atividade ilícita, uma espécie de “metástase criminal”.

Fonte: CNN Brasil