No dia em que a tragédia de Petrópolis completa um mês, o Greenpeace Brasil organizou um protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do poder executivo fluminense, em homenagem aos mortos na catástrofe na Região Serrana do Rio de Janeiro. Além de lembrar dos mais das mais de 200 vítimas, a Organização Não Governamental (ONG) cobrou das autoridades estaduais medidas para evitar novos desastres.

Protesto da organização ambiental Greenpeace, em Petrópolis / Gabrielle Souza/Greenpeace

No ato, ativistas usaram 233 sinalizadores e coroas de flores para simbolizar cada uma das morte provocadas pela enxurrada, que atingiu o município no último dia 15 de fevereiro. Cada sirene representava uma vítima do incidente. Quatro vítimas ainda estão desaparecidas. Outras 600 seguem desabrigadas.

O protesto, segundo a ONG Greenpeace é pressionar o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), a decretar Emergência Climática e executar o plano de adaptação imediatamente. A CNN entrou em contato com o governo do Estado e aguarda uma resposta.

“As fortes chuvas no mês de fevereiro levaram 233 vidas em Petrópolis, mas o que ocorreu na região é um exemplo da falta de implementação de direitos básicos e execução de um plano de adaptação climática. Essas são ações fundamentais para que o Estado se antecipe às próximas catástrofes”, defendeu o porta-voz de Clima e Justiça do Greenpeace, Rodrigo Jesus.

O representante da ONG defende que haja mais investimentos na infraestrutura da região, além de de um orçamento destinado a perdas e danos materiais às famílias impactadas.

“A gente vê no Brasil um descaso em relação à agenda climática. Isso não é pautado nas agendas políticas. É uma realidade histórica do nosso país. Não é de hoje que a gente tem casos de vítimas de deslizamento, enchentes e alagamentos”, explica Rodrigo Jesus.

A chuva que caiu sobre a cidade imperial foi a pior registrada em 90 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em uma hora choveu 260 milímetros, o esperado para o mês inteiro. Desde que o Inmet começou a medir os volumes de precipitação no local, em 1932, os petropolitanos nunca tinham enfrentado um temporal tão agressivo.

Fonte: CNN Brasil