O anúncio do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de uma mobilização parcial segue os movimentos da Câmara Baixa do Parlamento de Moscou, a Duma, para alterar a lei sobre o serviço militar, endurecendo a punição por violação dos deveres do da medida – como deserção e evasão do serviço – de acordo com à agência de notícias estatal TASS.

O projeto de lei estabelece pena de prisão de até 15 anos para resistência relacionada ao serviço militar ou coação para violar uma ordem militar oficial, envolvendo violência ou ameaça de violência, durante o período de mobilização ou lei marcial.

Os deputados e senadores da Duma do Estado também prepararam emendas ao Código Penal da Federação Russa, propondo a introdução de responsabilidade de até cinco anos de prisão pela destruição ou dano negligente de armas e equipamentos militares durante a guerra, informou a agência de notícias estatal RIA Novosti.

Os deputados da Duma do Estado introduziram conceitos de “mobilização”, “lei marcial”, “tempo de guerra” e “conflito armado” no Código Penal da Rússia, que agora serão considerados fatores agravantes nas sentenças criminais.

Embora o anúncio de Putin não chegue a um rascunho completo em larga escala, como alguns previram, ele marca um movimento significativo no conflito e fornece à Rússia amplos poderes para recrutar seus cidadãos com experiência militar anterior.

Não está claro quantas pessoas com esse histórico já foram mobilizadas. Analistas disseram que os militares da Rússia enfrentam escassez significativa de mão de obra.

Em julho, a CNN informou que o chamado havia sido feito em toda a Rússia para que mais de 30 mil voluntários se juntassem ao esforço de guerra na Ucrânia. A atração eram grandes bônus em dinheiro e nenhuma experiência era necessária.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil