O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (7) a indicação do presidente Joe Biden à Suprema Corte, Ketanji Brown Jackson, durante uma votação histórica que abre caminho para que ela se torne a primeira mulher negra a servir na mais alta corte do país.

A aprovação de Ketanji também se torna um marco Importante para a Suprema Corte e o judiciário federal dos EUA, embora não mude o equilíbrio ideológico do tribunal.

O Especialista CNN em Direitos e Inclusão, Maurício Pestana, vê “com alegria a chegada da juíza” à Suprema Corte. “A primeira coisa que precisa ser lembrada é que o Supremo dos EUA existe desde 1789 e é a primeira vez que uma mulher negra ocupa uma cadeira”, afirma ele.

Para Pestana, a aprovação de Ketanji “é um recado muito grande para o Brasil”. “O Brasil precisar mudar, precisa ser verdadeiramente democrático em termos representativos, nos três poderes do Executivo”.

Pestana lembrou que os negros representam apenas 13% da população americana e a Suprema Corte do país passa a ter dois juízes negros atualmente. “Aqui no Brasil nós somos 56% e só tivemos dois juízes negros no Supremo, Pedro Lessa no começo do século passado e Joaquim Barbosa no começo deste”, destaca Pestana.

“É uma vergonha o Brasil não ter nenhum juiz negro na Suprema Corte, e nenhum presidente ou vice na história. Somos o maior país negro fora da África”.

Fonte: CNN Brasil