Um homem com duas tatuagens nazistas foi expulso no último domingo (13) do estádio Bento Freitas, do Brasil de Pelotas, no Rio Grande do Sul, durante a partida contra o Novo Hamburgo, válida pelo Campeonato Gaúcho.

Segundo Volmer Perez, assessor e fotógrafo do Grêmio Esportivo Brasil, o homem foi retirado do estádio por torcedores, que perceberam as tatuagens de cunho nazista.

Nas costas, o torcedor carregava os dizeres “Mein Kampf” (minha luta, em português), título do livro de 1925 escrito por Adolf Hitler, líder nazista da Alemanha. Na obra, são defendidas ideias antissemitas, radicalistas e nacionalistas de extrema-direita.

No braço, estava o desenho da “cruz de ferro”, condecoração do Terceiro Heich (como era identificada a Alemanha nazista).

Em nota, o Brasil de Pelotas afirmou que “graças a gerações de xavantes que ao longo de 110 anos nos trouxeram até aqui, o Brasil tem na própria história um instrumento contra qualquer discurso ou ato de discriminação”.

“É por essa consciência histórica que aqueles, que se sentem representados pelos discursos de ódio infelizmente cada vez mais comuns, são e sempre serão repelidos da Baixada. Quem diz isso não é só o clube, como instituição. É a nossa torcida, que sabe reconhecer ao longe quem não tem dignidade para se dizer Xavante”, continuou.

O Novo Hamburgo declarou que “manifesta seu total e irrestrito repúdio a qualquer prática ou manifestação associada ao nazismo, em todas as suas formas.”

Caso de racismo

No último dia 6, o jogador Gabigol, do Flamengo, foi alvo de supostos gritos racistas ao deixar o gramado após uma partida contra o Fluminense. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que Gabigol ouve ser chamado de “macaco”.

O procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), André Valentim, informou à CNN que o resultado de uma perícia da imagem constatou que o jogador foi chamado de “macaco” por torcedores do Fluminense enquanto deixava o campo em direção ao vestiário.

Fonte: CNN Brasil