Dois militares russos foram condenados a 2,5 anos de prisão por se recusarem a servir na Ucrânia, de acordo com o monitor independente de direitos humanos OVD-Info.

Ambos os homens da área de Kamchatka, no Extremo Oriente da Rússia, foram considerados culpados de acordo com o artigo de recusa em participar da guerra, que acarreta uma pena máxima de até três anos, de acordo com a OVD-Info.

Um dos soldados, Alexander Stepanov, foi condenado em 25 de abril, de acordo com o processo.

A assessoria de imprensa do tribunal informa que, em 18 de janeiro, Stepanov se recusou a seguir as ordens do comandante da unidade militar e se recusou a ir à guerra na Ucrânia durante a mobilização.

O segundo militar é Andrey Mikhailov, condenado em 27 de abril em circunstâncias semelhantes. Mikhailov se recusou a ir lutar na Ucrânia em 21 de janeiro, três dias após a decisão de Stepanov.

Os tribunais russos já receberam mais de 500 casos contra militares que se recusaram diretamente a cumprir ordens de envio à Ucrânia ou desertaram do front, segundo cálculos da mídia independente Mediazona em março.

Mas acrescentou que a maioria desses casos foi ocultada da opinião pública: as sentenças geralmente não são publicadas e as estatísticas são ocultadas ou excluídas.

Em mais de um terço das condenações por AWOL conhecidas, os réus recebem sentenças suspensas, o que significa que podem ser enviados para a frente de batalha novamente, informa o Mediazona.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil