19/01/201806h00RESUMO Em resposta ao antropólogo Antonio Risério, autora rebate críticas feitas a Abdias Nascimento, com quem foi casada durante 38 anos. Ela argumenta que movimentos negros usam o conceito de raça como construção social, não como fenômeno biológico, e explica a diferença no uso dos termos “negro” e “mulato”.
*
No dia 20 de novembro, realizou-se a 14ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo, com o tema “Contra o racismo e o genocídio: por um projeto político de vida para o povo negro”.
Chamava-se a atenção, em dezenas de faixas e cartazes, para os altíssimos índices de assassinato de jovens negros e para a discriminação na saúde, no ensino, na habitação, no trabalho. Criou-se polêmica, porém, em torno da foto de uma só faixa, na qual se lia “Miscigenação também é genocídio”.
Nesse contexto, o antropólogo Antonio Risério em que criticava duramente o movimento negro com base na citada foto. Abdias Nascimento (1914-2011) é alvo principal do ataque.FolhapressFaixa em manifestação no Dia da Consciência Negra, em novembroDurante os últimos 38 anos da vida de Abdias, fui sua esposa e companheira, traduzi seus textos, interpretei suas palestras, ajudei-o na pesquisa.

Fonte: Folha de S.Paulo