2 março 2020

Atualizado Há 1 hora

Funcionários paramentados carregam caixão por um cemitério

Crédito, Getty Images

O Brasil registrou 233 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo o total de 616.251 óbitos desde o início da pandemia, de acordo com o boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) desta quarta-feira (8/12).

A média diária de óbitos nos últimos sete dias está em 184. Este indicador é utilizado para suavizar as oscilações diárias e observar a tendência da curva de óbitos, e está próximo dos níveis registrados em abril de 2020.

Nas últimas 24 horas, foram registrados oficialmente 10.055 novos casos de covid-19 e 8.844 na média diária dos últimos sete dias.

Ao todo, o Brasil já registrou oficialmente 22.167.781 casos de covid desde o início da pandemia.

De acordo com o painel da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos lideram em número de casos no mundo, com mais de 49,4 milhões infecções registradas.

Lá, a redução no ritmo de vacinação, a partir de abril, somada à resistência de parte da população à vacina e ao avanço da variante delta, criou focos de transmissão do coronavírus em partes do país.

Na sequência da lista com o maior número de casos oficialmente registrados aparece a Índia, com 34,6 milhões. O Brasil está em terceiro.

Estados Unidos, Índia e Brasil têm números muito superiores ao restante do mundo.

Em relação às mortes, o Brasil permanece na segunda posição, atrás apenas dos Estados Unidos, que ultrapassaram 792 mil óbitos.

Com o avanço da vacinação nos últimos meses, o Brasil tem registrado queda considerável no ritmo de novos casos e mortes pela covid-19 em todo o país.

Role a barra lateral para ver mais dados na tabela

Por favor, atualize seu navegador para ter acesso à experiência completa

A apresentação usa dados periódicos da Universidade Johns Hopkins e pode não refletir as informações mais atualizadas de cada país.

** Os dados históricos de novos casos são uma média de três dias seguidos. Devido à revisão do número de casos, a média não pode ser calculada nesta data.

Fonte: Universidade Johns Hopkins (Baltimore, EUA), autoridades locais

Dados atualizados pela última vez em: 6 de dezembro de 2021 10:07 GMT

O copo meio cheio

Após um primeiro semestre com um ritmo muito aquém de nossas capacidades, a campanha brasileira de vacinação contra a covid-19 finalmente deslanchou em julho — e agosto foi um mês com intenso avanço nessa seara, o que se manteve, de modo geral, em setembro e outubro.

De acordo com os dados mais atualizados do painel do Ministério da Saúde, de 3 de dezembro, já foram 159,5 milhões de aplicações da primeira dose, e 140,5 milhões da segunda ou dose única.

A campanha agora avança entre a população mais jovem e adolescentes. Nas últimas semanas também começaram a ser aplicadas doses de reforço para aqueles que tomaram a vacina no início do ano, como idosos e profissionais de saúde, ou, em alguns locais, para pessoas que tomaram vacina de dose única.

Um desafio que aparece no horizonte é sobre a inclusão de crianças na campanha. Ainda não há uma definição sobre o tema.

Homem a ponto de ser vacinado

Crédito, Getty Images

O copo meio vazio

Embora as notícias tragam esperança, especialistas alertam: a pandemia não acabou. Em razão disso, recomendam cautela na flexibilização de medidas como o uso de máscara.

Ainda exige atenção também a presença das variantes mais agressivas, especialmente a delta, detectada originalmente na Índia, que possui uma taxa de transmissibilidade bem superior às demais versões do coronavírus.

Mais recentemente, a variante ômicron, primeiramente registrada na África do Sul, também entrou no radar das autoridades de saúde e foi classificada pela OMS como “variante de preocupação”.

Por fim, não dá pra ignorar o fato de as estatísticas, ainda que estejam em queda, permanecerem muito altas: falamos de médias de milhares de novos casos diagnosticados e centenas de mortes todos os dias.

O que deve ser feito agora?

Analisando exame de coronavírus

Crédito, EPA

Todos os Estados do país já têm casos e óbitos confirmados de coronavírus

Diante de um cenário recheado de incertezas sobre o futuro, os especialistas parecem não ter dúvidas sobre quais medidas seriam necessárias neste momento da pandemia no Brasil — algumas delas, inclusive, sequer foram implementadas ao longo dos últimos meses.

O momento pode representar, então, uma oportunidade de reduzir pra valer os números de casos e mortes e ver a situação melhorar de verdade.

Para começo de conversa, o país deveria ter um melhor controle de suas fronteiras, com testagem de passageiros e funcionários em aeroportos, portos e rodovias. Isso dificultaria, inclusive, a entrada de novas variantes de preocupação em nosso território.

O segundo passo seria lançar mão de um amplo programa de testagem, rastreamento de contatos e isolamento dos casos positivos. Políticas desse tipo explicam parte do sucesso que é observado em países como Austrália e Nova Zelândia. Afinal, ao detectar precocemente um paciente infectado e colocá-lo em quarentena, é possível quebrar as cadeias de transmissão do coronavírus na comunidade.

Ainda na seara das análises laboratoriais, o país também requer uma vigilância genômica mais ampla, capaz de fazer sequenciamento genético das amostras de pacientes infectados para saber quais são as variantes mais prevalentes em cada local.

Também precisávamos criar campanhas de comunicação para incentivar o uso de máscaras (especialmente modelos mais confiáveis, como a PFF2) e desencorajar as aglomerações.

Por fim, é vital manter, ou eventualmente até acelerar, o ritmo da campanha de imunização. Quanto mais brasileiros estiverem protegidos, melhor para todo mundo: a experiência de outros países aponta que as internações e as mortes por covid-19 caem de forma significativa quando uma porcentagem considerável da população recebeu as duas doses.

Esse conjunto de estratégias aponta para uma saída segura e efetiva da pandemia — e tem o potencial de evitar novas marcas tristes e negativas num futuro próximo.

O primeiro registro do coronavírus no Brasil foi em 26 de fevereiro do ano passado.

Um empresário de 61 anos de São Paulo (SP) foi infectado após retornar de uma viagem, entre 9 e 21 de fevereiro, à região italiana da Lombardia.

O novo coronavírus, que teve seus primeiros casos confirmados vindos da China no final de 2019, é tratado como pandemia pela OMS desde 11 de março de 2020.

Estudos apontam que a grande maioria dos casos do novo coronavírus apresenta sintomas leves e pode ser tratado nos postos de saúde ou em casa.

No entanto, novas variantes têm se mostrado mais contagiosas e, na percepção de médicos, têm afetado com mais gravidade também a população mais jovem, em vez de apenas idosos e pessoas com comorbidades.

É preciso ter um navegador atualizado com JavaScript e uma conexão de internet estável para ver este interativo.

Nota: Casos confirmados incluem apenas os que tiveram resultados de teste positivo. Mortes incluem apenas as que foram registradas como mortes por covid-19.

Casos globais confirmados

Visualizar

Group 4

Por favor, atualize seu navegador para visualizar o mapa completo

Círculos mostram o número de casos confirmados do novo coronavírus por país

Fonte: Universidade Johns Hopkins (Baltimore, EUA), autoridades locais

Números atualizados pela última vez em 6 de dezembro de 2021 10:07 GMT

Línea

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Fonte: BBC