Gustavo Petro, novo presidente eleito na Colômbia neste domingo (19) com com 50,47% dos votos, disputou as eleições como candidato da esquerda à Presidência do país latino-americano pela terceira vez.

No primeiro turno, Petro conseguiu mais de 40% dos votos e passou para o segundo, onde enfrentou o candidato Rodolfo Hernández.

O novo presidente da Colômbia, um político de esquerda, iniciou muito cedo sua vida política. Além de guerrilheiro do M-19, Petro foi vereador, prefeito de Bogotá e senador.

Veja alguns dos números sobre Petro.

Informações pessoais:

Nome: Gustavo Francisco Petro Urrego

Data de nascimento: 19 de abril de 1960

Idade: 62 anos

Lugar de nascimento: Ciénaga de Oro, Córdoba, Colômbia.

Pai: Gustavo Petro Sierra.

Mãe: Clara Nubia Urrego.

Casamentos: Katia Burgos (separado), Mary Luz Herrán (separado) e Verónica Alcocer (atual).

Filhos: Nicolás Petro Burgos, Andrés Petro Herrán, Andrea Petro, Sofía Petro e Antonella Petro Alcocer.

Formação: Universidad Externado da Colômbia, ESAP (Escola Superior de Administração Pública), Universidade Javeriana, Universidade Católica de Lovaina (Bélgica) e Universidade de Salamanca (Espanha).

Outros fatos

  • Foi guerrilheiro do M-19. Disse que foi torturado pelo Exército e condenado pela Justiça Militar a 18 meses de prisão.
  • Seu pseudônimo como guerrilheiro era Comandante Aureliano, inspirado en Aureliano Buendía, “o comandante das mil batalhas perdidas”, da obra “Cem Anos de Solidão” do escritor colombiano Gabriel García Márquez.

Cronologia de Gustavo Petro

1980: Representante de Zipaquirá, Cundinamarca, região onde fica Bogotá.

1984 e 1986: Conselheiro de Zipaquirá, Cundinamarca.

1990: Assina os acordos de paz com o governo de Belisário Betancourt como membro da guerrilla M-19.

1991-1994: Representante na Câmara de Cundinamarca pelo partido Aliança Democrática M-19.

1994-1996: Adido diplomático dos Direitos Humanos na embaixada da Colômbia na Bélgica.

1998-2006: Representante na Câmara por Bogotá com o Movimento Vía Alterna.

2006-2010: Senador pelo Polo Democrático.

2010: Candidato a Presidência pelo Polo Democrático Alternativo. Recebeu 9,15% dos votos.

2012-2015: Foi eleito prefeito de Bogotá.

2013: A Procuradoria Geral da República o destituiu e determinou que ficasse por 15 anos sem ocupar um cargo público por lidar com uma crise relacionada ao sistema de coleta de lixo em Bogotá.

2014: A Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou sua restituição como prefeito de de Bogotá. No mesmo ano, o Tribunal Superior de Bogotá determinou sua restituição como resposta à ordem da Corte Interamericana. Em abril de 2014 o presidente Juan Manuel Santos restituiu Petro em seu cargo.

2018: É candidato ap cargo de presidente pela Colômbia Humana. Em sua segunda candidatura para a Presidência, Petro se candidata pelo Movimento Significativo dos Cidadãos – Colômbia Humana e teve mais de 8 milhões dos votos. Usa pela primeira vez o Estatuto da Oposição pela e por isso, ao ficar em segundo lugar nas eleições contra Iván Duque, volta ao Senado entre 2018 e 2022.

Março de 2022: Petro vence as consultas internas da coligação de esquerda com mais de 4,4 milhões de votos. Ele se torna o candidato presidencial do Pacto Histórico. Dez dias depois, Petro elege Francia Márquez – uma líder negra, ativista ambiental e que foi pré-candidata na consulta- como sua chapa à Vice-Presidência.

Abril de 2022: Petro diz em uma cerimônia de encerramento da campanha em Barranquilha que “pretende acertar as eleições” em 29 de maio, suspendendo os órgãos que regem o processo eleitoral na Colômbia. O candidato não deu detalhes de sua reclamação ou quem tomaria a decisão. O presidente Iván Duque disse um dia depois que as eleições presidenciais não serão suspensas e negou que ocorresse um golpe.

Maio de 2022: No primeiro turno das eleições presidenciais, Petro obtém mais de 40% dos votos, indo assim para o segundo turno onde enfrentou o candidato Rodolfo Hernández.

19 de junho de 2022: Petro vence o segundo turno e é eleito o presidente da Colômbia para a gestão de 2023 a 2026, com 50,44% dos votos. Petro recebeu 11.281.013 milhões de votos em uma eleição histórica para o país.

Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

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Fonte: CNN Brasil