O ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, entrou com pedido para concorrer à presidência nesta terça-feira (6), antes de anunciar sua segunda candidatura à Casa Branca e dar início a outro confronto com o ex-presidente Donald Trump, favorito do Partido Republicano e ex-aliado de Christie.
Seu anúncio ocorre um dia depois que o também moderado do Partido Republicano, Chris Sununu, governador de New Hampshire, optou por não concorrer e menos de 24 horas antes do ex-vice-presidente Mike Pence entrar oficialmente na disputa. Como em 2016, Christie buscará atrair republicanos mais tradicionalmente conservadores e favoráveis ao establishment – e espera que ele possa emergir como um contraponto a Trump e ao governador da Flórida, Ron DeSantis, em um campo em rápido crescimento.
Além desses dois, outros que já anunciaram propostas incluem o ex-governador da Carolina do Sul, Nikki Haley, o ex-governador do Arkansas, Asa Hutchinson, e o senador da Carolina do Sul, Tim Scott. Pence, que apresentou a papelada para concorrer, e o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, devem se juntar à multidão na quarta-feira.
Como a CNN relatou anteriormente, Christie acredita que está em melhor posição para enfrentar Trump nas primárias, ao mesmo tempo em que apela para os independentes em um confronto potencial nas eleições gerais com o presidente Joe Biden. Ele inicia sua candidatura com o apoio de um novo super PAC, chamado “Tell It Like It Is”, formado por aliados em antecipação à sua campanha.
O flerte de Christie com a política presidencial começou em 2011, quando ele considerou concorrer às primárias para enfrentar o então presidente Barack Obama um ano depois. Ele objetou, então viu sua posição com os republicanos cair antes de 2016. Sua campanha de 2016 foi curta e mais memorável pela evisceração zombeteira de Christie’s do senador da Flórida, Marco Rubio, em um debate em fevereiro.
Ambos acabariam desistindo – Christie depois de terminar em sexto nas primárias de New Hampshire – e endossariam Trump. Mas Christie foi um passo além.
Ele comandou a equipe de transição de Trump – embora seu trabalho tenha acabado sendo destruído e o próprio Christie deixado de lado dias após a eleição – e mais tarde se tornou um conselheiro próximo do ex-presidente. Ele foi cogitado como uma possível nomeação para vários cargos administrativos, embora nenhum tenha se materializado. Ele até participou de debates simulados com Trump em 2020. (Christie disse acreditar que contraiu Covid-19 de Trump, que não divulgou um resultado positivo do teste, durante uma dessas sessões.)
Após a derrota de Trump e subsequente tentativa de derrubar o Nas eleições de 2020, Christie se voltou contra ele e procurou se estabelecer como um dos principais críticos republicanos de Trump.
“Continuamos perdendo, perdendo e perdendo”, disse Christie na conferência anual de liderança da Coalizão Judaica Republicana no final do ano passado. “A razão pela qual estamos perdendo é porque Donald Trump se colocou antes de todos os outros.” Ele também disse que Trump “incitou” a insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos Estados Unidos “em um esforço para intimidar Mike Pence e o Congresso a fazer exatamente o que ele disse em suas próprias palavras na semana passada: anular a eleição”.
Em entrevista à Axios este ano, ele jurou nunca mais apoiar Trump. “Não posso ajudá-lo”, disse Christie. “Sem chance.” Christie foi eleito governador de Nova Jersey pela primeira vez em 2009, destituindo o atual democrata Jon Corzine. Ele foi facilmente reeleito no estado azul em 2013. Ele atuou como procurador dos EUA em Nova Jersey de 2002 a 2008, período em que processou com sucesso o pai do genro de Trump e ex-assessor Jared Kushner por sonegação de impostos e acusações de adulteração de testemunhas.
O próprio Christie foi envolvido no escândalo “Bridgegate” durante seu segundo mandato como governador. E-mails e textos de assessores importantes mostraram que o fechamento da pista da Ponte George Washington em setembro de 2013, que causou engarrafamentos maciços, resultou de uma vingança política depois que o prefeito democrata da cidade se recusou a endossar a reeleição governamental de Christie.
Uma investigação federal determinou que Christie não tinha conhecimento da decisão de fechar as pistas, mas o escândalo continuou a acompanhar o ex-governador.
(Fredreka Schouten contribuiu para esta reportagem)
Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.
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Fonte: CNN Brasil