O Instituto Butantan criou um comitê para apresentar análises, estudos e propostas sobre a produção de uma vacina contra a varíola dos macacos. O grupo, que é composto por nove especialistas, foi criado a partir da publicação de uma portaria publicada no “Diário Oficial do Estado” de São Paulo no dia 30 de junho.

Conforme justificativa do diretor do Butantan, Dimas Covas, a criação do comitê ocorre no contexto de alastramento da doença provocada pelo vírus monkeypox e a preocupação sobre a disseminação futura da doença.

Também é mencionado o fato de, na década de 1970, o instituto ter produzido uma vacina contra a varíola, o que confere experiência ao Butantan nesta produção.

“Considerando que desde a cessação da vacinação contra a varíola, se nota uma crescente incidência de casos e surtos relatados, o que está levantando preocupações sobre a disseminação futura da doença; considerando que o Instituto Butantan, na década de 70 chegou a produzir uma vacina para imunizar a população contra a varíola; considerando a iminência de um possível surto da referida doença provocada pelo vírus monkeypox […] Fica criado um Comitê Contingencial Técnico de Especialistas, com a finalidade de assessorar a entidade”, diz a portaria.

Até esta quarta-feira (6), o Brasil possui 113 casos confirmados da varíola dos macacos, de acordo com um levantamento da Agência CNN. Com 77 diagnósticos positivos, São Paulo lidera entre os estados, seguido por Rio de Janeiro (20) e Minas Gerais (8).

Há, também, pelo menos 49 casos suspeitos em investigação, ainda conforme o acompanhamento.

* Sob supervisão de Bárbara Brambila

Fonte: CNN Brasil