A companhia Azul Linhas Aéreas teve viu o número de dispensas médicas dadas a seus tripulantes quintuplicar na primeira semana de janeiro.

O aumento no número de dias concedidos em licenças neste mês foi de 405% em relação à média mensal dos últimos 12 meses, de acordo com informações divulgadas pelo Sindicato do Nacional dos Aeronautas (SNA) na sexta-feira (7).

De acordo com o presidente da entidade, Ondino Dutra, os dados foram fornecidos pela própria Azul em uma reunião realizada com os representantes do sindicato, após um aumento nas reclamações dos tripulantes referentes a mudanças de escalas, de voos e de horários de folgas nos últimos dias.

“Quando chegou agora em janeiro aumentou em 400% os afastamentos médicos, por conta do coronavírus e da influenza – quando não combinados. -, em especial dos comissários”, disse Dutra, em vídeo publicado nas redes da SNA. “Isso, então, estava ensejando todos os problemas relativos aos fechamentos de voos e escalas.”

Em nota, a Azul informou que, “por razões operacionais, alguns de seus voos do mês de janeiro estão sendo reprogramados” e que “a companhia registrou um aumento no número de dispensas médicas entre seus tripulantes”. Todos os casos, de acordo com Azul, apresentaram sintomas leves.

“É importante ressaltar que mais de 90% das operações da companhia estão funcionando normalmente e que os clientes impactados estão sendo notificados das alterações, reacomodados em outros voos da própria companhia e recebendo toda a assistência necessária”, acrescentou a companhia.

No início da semana, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já havia informado ao Ministério da Saúde que houve cancelamento de voos no país devido ao diagnóstico de Covid-19 ou gripe em tripulantes, conforme apurou a CNN.

Em nota, a agência, que é responsável pela regulação dos voos de companhias aéreas no Brasil, afirmou que passou a monitorar os casos de Covid-19 ou Influência no setor.

“Com o objetivo de antecipar possíveis impactos na aviação e auxiliar no plano de ação das empresas aéreas, a agência já havia entrado em contato com representantes das companhias aéreas, aeroportos, concessionária, Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (ESATAs) e órgãos de controle sanitário e de saúde”, disse a Anac.

A agência também reiterou que os passageiros que tiverem o voo atrasado ou cancelado têm “direito à prestação de assistência pelas companhias aéreas, conforme prevê a Resolução 400/2016”.

*Com informações de Basília Rodrigues, da CNN

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Fonte: CNN Brasil