A saída de membros do Movimento Brasil Livre (MBL) foi anunciada nesta segunda-feira (28), após escalada da crise com o Podemos. Em nota, o MBL justifica que a mudança ocorre pela resistência de filiados e nega desavença com direção do partido. No entanto, o pano de fundo seria o escândalo envolvendo vazamento de áudios sexistas do deputado Arthur do Val, abertamente criticado pelo Podemos e pelo presidenciável do partido, Sergio Moro.

Ao deixar o partido, Arthur do Val deixou também a vaga para a disputa eleitoral ao Palácio dos Bandeirantes. O partido reivindicou o espaço para si, discutindo internamente a possibilidade de alçar a presidente nacional da sigla, Renata Abreu, à disputa. Ela, inclusive, já pontua nas pesquisas.

A decisão, no entanto, deixou integrantes do movimento desgostosos. Após a desistência de Arthur do Val, o MBL quis indicar para a disputa ao estado o vereador de São Paulo Rubinho Nunes, que será candidato à Câmara Federal.

Além de confirmar filiação ao União Brasil, o MBL se comprometeu a não acessar o fundo eleitoral e acertou com partido que terá espaço em eventuais indicações a comissões importantes do Congresso e independência no apoio à candidatura à Presidência. Apesar da crise interna com Podemos, o MBL ainda apoiará Sergio Moro. O União Brasil fechará aliança com PSDB e MDB para decidir, somente, em junho, um nome para a disputa ao Planalto.

A nota que oficializou a troca de partido foi assinada pelo deputado Kim Kataguiri (SP), que nem chegou a se filiar ao Podemos; pelo vereador Rubinho Nunes, e pelos pré-candidatos à Assembleia Legislativa de São Paulo Amanda Vettorazzo, Cristiano Beraldo, Renato Battista e Guto Zacarias.

Ainda sem partido, licenciado do cargo de deputado estadual, frente ao processo que pode lhe custar o mandato, Arthur do Val ainda não se manifestou sobre qual será seu destino político.

Fonte: CNN Brasil