Em coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (4), após ser acusado formalmente com 34 ações sobre registros falsos da Trump Organization, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que nunca pensou “que algo assim pudesse acontecer” no país.

Segundo os promotores de Nova York, ele estaria envolvido em um esquema de “conspiração ilegal” contra eleição de 2016.

Trump alegou que o sistema de Justiça virou “sem lei” e que estaria sendo utilizado por seus adversários para “ganhar eleições”.

“O único crime que cometi foi defender destemidamente nossa nação daqueles que procuram destruí-la”, destacou o empresário em sua propriedade em Mar-A-Lago, na Flórida.

O ex-presidente apareceu para uma multidão de apoiadores acompanhado pela música “Proud to be an American” (Orgulhoso de ser americano, em tradução livre). A multidão gritou “EUA” enquanto ele se dirigia ao microfone.

Ele mencionou e questionou novamente a eleição presidencial de 2020, atacou o presidente Joe Biden — dizendo que o país viveu o “tempo mais vergonhoso” com a retirada do Afeganistão — e afirmou que “nosso país está indo para o inferno”, ao que o público aplaudiu.

Acusação

Donald Trump compareceu a uma audiência judicial no tribunal no centro de Manhattan, em Nova York, onde se apresentou à Justiça dos Estados Unidos. Ele se declarou inocente de todas as 34 acusações.

Os promotores pontuaram que Trump faria parte de um plano ilegal para suprimir informações negativas – incluindo um pagamento ilegal de US$ 130 mil ordenado pelo réu para silenciar informações que prejudicariam sua campanha.

A acusação alega que a razão pela qual ele cometeu o crime de falsificação de registros comerciais foi, em parte, para “promover sua candidatura”. Entretanto, ele não é acusado de conspiração criminosa.

Próximos passos

Os promotores pontuaram que esperam produzir a maior parte da ação nos próximos 65 dias.

A equipe de Trump tem até 8 de agosto para apresentar quaisquer moções e a promotoria responderá até 19 de setembro. O juiz Juan Merchan disse que decidirá sobre as moções na próxima audiência pessoal, marcada para 4 de dezembro.

O advogado do ex-presidente, Jim Trusty, afirmou que devem ser postas moções “robustas” para contestar o caso e espera que eles possam interromper o caso.

Caso contrário, Trusty ressaltou que espera que os advogados de Trump “descubram se há uma maneira de tentar forçar isso antes” da audiência de 4 de dezembro.

*em atualização

*publicado por Tiago Tortella, da CNN

Fonte: CNN Brasil