Anghami se descreve como o maior aplicativo de streaming de música para o Oriente Médio e norte da África.

Lançado em Beirute em 2012 por Elie Habib e Eddy Maroun, foi rapidamente apelidado de “Spotify do Oriente Médio”. Agora com sede em Abu Dhabi, a Anghami está aumentando sua presença no mundo real após acumular quase 20 milhões de usuários ativos.

Ela fez parceria com a Sony Music para lançar a “Vibe”, uma gravadora boutique que as empresas dizem que “apoiará a música árabe independente” e capacitará os artistas “para contar suas histórias regional e globalmente”.

Então, em julho, Anghami adquiriu a Spotlight Events, uma empresa de eventos ao vivo, e planeja realizar shows regulares para artistas locais. No mês passado, abriu uma casa de shows e um estúdio de gravação em Riad, na Arábia Saudita.

“Os artistas não podem apenas ganhar dinheiro com streaming de música”, diz Habib. “Eles também precisam ganhar dinheiro com o mundo real.”

Conhecimento local

A plataforma enfrenta séria concorrência de empresas como Spotify e Apple, mas os fundadores estão confiantes de que podem manter seu sucesso aproveitando seu conhecimento da região.

“Somos árabes, mas temos influência do mundo ocidental e isso se reflete em nosso produto”, diz Maroun. “É por isso que nosso produto é realmente mais relevante.”

A dupla diz que nutrir e desenvolver talentos árabes é fundamental para sua missão. Das 73 milhões de músicas em seu catálogo, Habib diz que apenas 1% delas está em árabe, mas essas músicas geram 60% de todo o tráfego de Anghami. “Percebemos que precisamos crescer esse 1%”, diz Habib.

Em fevereiro, a empresa assinou uma parceria exclusiva com a superestrela egípcia Amr Diab, cujos 1,2 bilhão de streams fazem dele o artista mais popular da plataforma.

Na mesma época, a Anghami foi listada na bolsa de valores Nasdaq – a primeira empresa de tecnologia árabe a fazê-lo, segundo os fundadores. “Foi um grande momento”, diz Maroun. “Sentimos que realmente estamos trazendo conosco uma nação inteira.”

No primeiro semestre de 2022, registrou crescimento de 29% na receita e de 41% no número de assinantes mensais, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Desde então, em um clima econômico mais difícil, a empresa cortou um quinto de sua força de trabalho, mas os fundadores estão confiantes de que podem continuar a expandir a plataforma.

“Quando começamos a Anghami […] nunca pensamos em IPOs, nunca pensamos em milhões de usuários nos usando todos os dias”, diz Habib. “O IPO nunca é o jogo final – o jogo final é fazer algo de que você se orgulhe.”

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil