O principal diplomata da União Europeia, o alto representante Josep Borrell, pediu a criação de corredores de evacuação em Mariupol “imediatamente com as garantias de cessar-fogo necessárias, de Azovstal e outras áreas da cidade a outras partes da Ucrânia” em um comunicado por escrito nesta sexta-feira (22).

“O acesso livre e seguro para aqueles que prestam assistência humanitária deve ser garantido, de acordo com os princípios básicos dos direitos humanos e o direito internacional humanitário”, pediu.

Borrell elogiou os “esforços da Ucrânia para encontrar uma solução diplomática para a evacuação de civis”, mas disse que a UE lamenta “que a Rússia não esteja retribuindo”.

No comunicado, Borrell também destacou a urgência da situação, dizendo:

“Há semanas, o mundo tem testemunhado um ataque cruel e ilegal em Mariupol pela Rússia, levando à destruição em larga escala da cidade, incluindo atrocidades contra civis, sob o pretexto distorcido de ‘libertar’ a cidade.”

“Milhares de seus habitantes foram deportados para a Rússia ou deslocados à força para áreas não controladas pelo governo da Ucrânia”, disse ele.

Borrell acrescentou que mais de 100.000 civis permanecem em Mariupol, incluindo cerca de 1.000 que se refugiaram na siderúrgica Azovstal e são defendidos pelas Forças Armadas ucranianas.

Nesta sexta, vice-primeira-ministra do país, Iryna Vereshchuk, disse que nenhum corredor humanitário deve funcionar na cidade ucraniana. Segundo ela, não foi possível chegar em acordo sobre retirada de civis com os russos por conta do “perigo nas rotas”.

“Para todos aqueles que esperam ser evacuados: sejam pacientes, por favor, esperem!”, escreveu no Facebook.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil