Olaf Scholz toma posse como novo primeiro-ministro da Alemanha
Olaf Scholz tomou posse nesta quarta-feira (8) como primeiro-ministro da Alemanha. Ele sucede Angela Merkel no comando da maior potência econômica da Europa.
O fim da era Merkel trouxe ao poder o seu vice-chanceler e ministro das Finanças, Olaf Scholz, confirmado nesta quarta-feira (8) pelo Parlamento alemão como o novo primeiro-ministro.
Ele vai liderar um governo de três partidos: o Social-Democrata, dele, o Partido Verde e o dos Democratas Livres.
Scholz é advogado de formação. Tem 63 anos e foi prefeito de Hamburgo. A sua popularidade cresceu muito, graças à forma como administrou a emergência do coronavírus, distribuindo subsídios para apoiar a economia do país.
É considerado um social-democrata moderado, quase de centro, mas defende políticas sociais progressistas, como o aumento do salário mínimo.
O novo governo alemão tem planos ambiciosos para combater as mudanças climáticas, eliminando o carvão e investindo em energia renovável. Mas a prioridade inicial será combater a pandemia.
As autoridades de saúde registraram quase 70 mil novos casos em 24 horas e mais 527 mortes, o maior número desde o inverno passado.
Angela Merkel preferia ter deixado um quadro mais favorável, mas o legado dela não será esquecido facilmente. Em 16 anos e quatro mandatos como primeira-ministra da Alemanha, nenhuma mulher foi tão poderosa como ela.
Angela Merkel tomou grandes decisões. Algumas internas, como o fim das usinas nucleares na Alemanha, depois do desastre de Fukushima, no Japão, e também quanto ao continente.
Em 2015, foi ousada ao abrir as portas para 1 milhão de refugiados da Síria e do Afeganistão, mas o apoio aos refugiados também trouxe críticas e um breve crescimento da extrema-direita.
Merkel costurou então o acordo do bloco com a Turquia, para barrar a passagem de novos imigrantes. Ela ajudou Mario Draghi a salvar o euro, em 2019, apoiando o italiano na presidência do Banco Central Europeu. Por duas vezes os dois salvaram a moeda única de um colapso.
Agora, ela recomeça a viver com maior tranquilidade. Aos 67 anos, não vai vestir o jaleco e voltar ao laboratório de química. Ela quer é atuar em defesa da pesquisa e da inovação como caminhos para a prosperidade.
Angela Merkel disse que pretende apenas descansar e ler bons livros. Mas a ex-primeira-ministra já montou um escritório em Berlim e provavelmente voltará à vida de cientista.
Fonte: G1