Carro explode dentro de posto de combustíveis em Sorocaba — Foto: Arquivo pessoal

O motorista do carro que explodiu enquanto era abastecido com gás natural veicular, em Sorocaba (SP), contou à Polícia Civil que havia instalado um cilindro de gás liquefeito de petróleo (GLP) há três meses. A explosão ocorreu no domingo (5), em um posto de combustíveis do Jardim Santa Rosália.

Conforme informou o delegado responsável pelo caso, Acácio Leite, o motorista disse que comprou o carro há um ano e, inicialmente, usava o gás natural veicular (GNV). Ele afirmou que decidiu instalar o GLP no veículo há três meses e que, no domingo, não havia mexido na “gambiarra”.

Ainda segundo o delegado, a equipe aguarda o laudo da perícia para identificar se houve negligência. Se o motorista for indiciado, ele pode responder pelas lesões causadas na frentista do posto de combustíveis que foi arremessada com a explosão.

Antes da explosão, o motorista havia saído do veículo para o abastecimento, segundo o Corpo de Bombeiros. O carro ficou totalmente retorcido.

Uma frentista que trabalhava no local chegou a ser arremessada a três metros de distância, desmaiou e sofreu amnésia lacunar. Ela foi socorrida por uma Unidade de Resgate e levada ao pronto-socorro.

A mulher já teve alta e, segundo a empresa responsável pelo posto, se recupera bem em casa. As chamas foram controladas e nenhum outro veículo foi atingido.

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De acordo com a distribuidora Naturgy, técnicos da distribuidora estiveram no local e fizeram análise preliminar, junto com peritos da Polícia Científica, constatando o uso de cilindro com gás de cozinha em uma “gambiarra”. No vídeo abaixo, veja como o carro ficou após a explosão:

“Estava [o cilindro] possivelmente como aquele utilizado em máquina empilhadeira, o que pode ter causado a explosão”, afirmou a empresa.

Carro que explodiu em posto tinha cilindro irregular de gás de cozinha

Carro que explodiu em posto tinha cilindro irregular de gás de cozinha

O que diz a lei

A conversão para GLP é considerada ilegal. A Lei 8.176 de 1991 define como crime contra a ordem econômica o uso do “gás liquefeito de petróleo em motores de qualquer espécie, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para fins automotivos”.

Já resolução 673 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) define que utilizar gás de cozinha em automóveis é uma infração grave. O motorista flagrado perde cinco pontos na carteira, pode ser multado em R$ 195,23 e ter o veículo apreendido.

A infração também está descrita no artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e em normativa da ANP (Resolução ANP nº 49 de 2016).

Carro explode dentro de posto de combustíveis em Sorocaba — Foto: Arquivo pessoal

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Fonte: G1