O Coletivo Maria Maria se manifestou em nas redes sociais sobre um caso de importunação sexual em casa noturna de Juiz de Fora.

Como noticiado pelo g1, após uma jovem de 20 anos denunciar um caso de assédio sexual que teria ocorrido contra uma adolescente de 16 anos na casa noturna “Alfaia“, localizada na BR-040 em Juiz de Fora, a Polícia Civil abriu um inquérito policial para apurar o caso.

Veja a manifestação do coletivo na íntegra.

“O Coletivo Maria Maria parabeniza a coragem de Maria Luíza Fortes, ao denunciar inúmeros casos de estupro e de violência física, psicológica, racismo, homofobia e classismo, em uma casa noturna que realizou eventos clandestinos durante toda a Pandemia. Esta casa fica localizada na BR entre Juiz de Fora e Matias Barbosa.

Dentro do Coletivo Maria Maria temos muitas advogadas, psicólogas e profissionais que sempre se dispõem a ajudar nos casos que ,infelizmente, corriqueiramente, chegam para nós. Ao saber deste caso, uma de nossas integrantes, especialista em direito criminal, se dispôs a prestar orientações jurídicas, acolher e ouvir Maria Luiza Fortes e hoje é oficialmente advogada dela. Foi formalizada a denúncia, provas foram entregues e a moça segue sob proteção judicial.

Importante destacar que, em Juiz de Fora, temos alguns canais de denúncia como a Casa da Mulher, localizada à rua Avenida Garibaldi Campinhos 169, bairro Vitorino Braga e a OAB Mulher e Delegacia da Mulher, ambas no segundo piso do Santa Cruz Shopping.

É imprescindível ratificar que mulheres vítimas de violência, podem e devem procurar Coletivos Feministas para se informar, visto que temos redes de apoio preparadas para orientá-las e acompanhá-las nas denúncias. Esse caso, que soma mais de 100 vítimas, muitas menores de idade, é um espelho da realidade de muitas casas noturnas no Brasil, que permitem a entrada de menores de idade, deixando-os vulneráveis a drogas e à violência. Não se deixem silenciar, nossa luta é pela vida de todas as mulheres”.

No último domingo (5), uma jovem de 20 anos relatou por meio de redes sociais que uma adolescente de 16 anos foi vítima de assédio sexual em uma casa noturna de Juiz de Fora. Após a postagem, cerca de 60 outras manifestações foram relatadas por adolescentes, jovens e mulheres, frequentadoras da casa de show, que fica na BR-040.

As manifestações apontam casos de assédio sexual, tentativas de estupro, racismo, homofobia, além de violências físicas e psicológicas sofridas pelas vítimas. O número de denúncias oficializadas junto à Polícia Civil não foi informado.

Sobre as denúncias, Artur Alfaia ressaltou que todos os frequentares devem manter as regras da casa e boa conduta.

“Quem me conhece sabe que a gente pede o mínimo de educação, de sabedoria já que estamos em um ambiente com outras pessoas. Eu nunca fui racista, homofóbico com ninguém. Não tenho isso e não tenho orgulho das pessoas que fazem isso, mas infelizmente eu tenho que dizer que todo lugar está sujeito a pessoas ruins e a pessoas boas. Eu não posso me responsabilizar por 300 pessoas que estão no meu evento, eu quero levar diversão a todos”, citou outro trecho.

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Fonte: G1