Orient Queen II era um dos navios que realizava viagens para Fernando de Noronha — Foto: Ana Clara Marinho/g1

O Ministério do Turismo divulgou uma nota, nesta quinta-feira (18), afirmando que o governo federal trabalha para viabilizar a volta dos cruzeiros marítimos a Fernando de Noronha. Um decreto publicado no Diário Oficial do estado, na quarta-feira (17), proíbe o retorno da atividade à ilha.

A nota do ministério destaca a importância econômica da atividade. “O Ministério do Turismo segue trabalhando junto a outros órgãos do governo para garantir a inclusão de Fernando de Noronha como escala dos cruzeiros marítimos realizados no país. Vale ressaltar que a atividade, retomada no dia 5 de novembro, tem a estimativa de injetar R$ 1,7 bilhão na economia brasileira”.

O governo de Pernambuco reviu a decisão de autorizar temporadas de cruzeiros em Noronha, anunciada anteriormente, e afirmou, na terça-feira (16), que os navios turísticos não podem voltar a aportar na ilha. O estado havia liberado do retorno das operações no dia 11 de novembro.

O governo estadual afirma que Fernando de Noronha não está incluído no roteiro dos cruzeiros porque a ilha segue critérios rígidos de proteção ambiental. Ainda de acordo com o estado, as temporadas regulares de navios turísticos em Noronha estão suspensas desde 2013.

O decreto estadual determina que “permanecem em vigor as restrições relativas a operação de cruzeiros decorrentes das normas ambientais vigentes”.

O empresário Milton Sanches, responsável pelas operações de cruzeiros em Noronha por 23 anos, afirmou que as viagens regulares para a ilha ocorreram de dezembro de 1990 até janeiro de 2014

De acordo com Sanches, um termo de ajuste de conduta com o Ministério Público Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) , o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) garantia a observação de princípios e normas ambientais marítimas e terrestres.

Milton Sanches criticou a mudança de decisão do governo do estado. “Esse autoriza e desautoriza não atrai nenhum empreendedor a programar cruzeiros para Fernando de Noronha, que é um empreendimento de altíssimo risco, excesso de burocracia e pouca rentabilidade. Isso priva a comunidade noronhense de contar com ótimo dinheiro extra e de se divertir a bordo de um navio de cruzeiros”, avaliou Sanches.

O g1 procurou a Administração da Ilha para comentar a informação de que o governo federal trabalha pelo retorno dos cruzeiros e as críticas do empresário, mas até a última atualização desta reportagem não obteve resposta.

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Fonte: G1