BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad deve viajar para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro, em seu primeiro compromisso internacional à frente da economia brasileira. Haddad deve permanecer na cidade suíça entre os dias 16 e 18 de janeiro -o evento acontecerá de 16 a 20.

Embora ainda não haja definição, a comitiva brasileira deve ser chefiada pelo vice-presidente e futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB). Ele substituiria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai privilegiar agenda na América do Sul no início de seu governo.

Também deve compor a comitiva a deputada federal Marina Silva (Rede-SP), que deverá ser anunciada nesta quinta-feira (29) como a nova titular do Meio Ambiente.

O Fórum Econômico Mundial é um evento que reúne chefes de governo e ministros de todo o mundo, além de empresários e economistas. O evento costuma servir de oportunidade para líderes nacionais apresentarem as políticas econômicas e tentarem vender cenários de estabilidade e credibilidade, possibilitando a atração de investimentos.

Lula, no entanto, tem indicado que não deve comparecer a Davos. O futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou há duas semanas que as primeiras viagens internacionais do petista seriam para a Argentina, Estados Unidos e China.

A primeira viagem internacional de Lula para a Argentina será para participar da Cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que seria seguida de uma visita oficial ao país vizinho, sendo recebido pelo presidente Alberto Fernández.

A cúpula está marcada para o dia 24 de janeiro.

O futuro governo pretende dar prioridade nas relações internacionais para restabelecer laços com a América Latina, recriando a participação brasileira em alguns fóruns que foram abandonados pela atual gestão de Jair Bolsonaro (PL). Além da Celac, há a perspectiva de restabelecer a presença na Unasul.

O Brasil abandonou a Celac na gestão do ex-chanceler Ernesto Araújo e agora voltará à organização, que deve se tornar um dos principais foros para a política externa brasileira, ao lado da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).