O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco da Espanha, Pablo Hernández de Cos, disse nesta quinta-feira, 29, que a decisão sobre a taxa de juros na reunião de setembro está em aberto. Em relação às perspectivas para o segundo semestre, ele também avalia ser muito cedo para saber o que deve acontecer.

“Para mim, é muito claro que a reunião de setembro está absolutamente em aberto em termos de haver ou não necessidade de apertar mais a política monetária”, afirmou Hernández de Cos, durante painel na IV Conferência sobre Estabilidade Financeira, em Madri (Espanha). “É muito cedo para dizer o que pode acontecer na segunda metade do ano”, acrescentou.

Por outro lado, o presidente do BC espanhol diz que “a missão está funcionando”, com alguns dados econômicos do bloco já mostrando enfraquecimento. “Agora temos de monitorar a inflação e reagir de acordo com o que a gente observar”, afirmou.

Resiliência dos bancos

Pablo Hernández de Cos, afirmou, ainda, que os bancos europeus são resilientes. Ele disse que é importante colocar ênfase nas razões para essa resiliência, e citou a regulação e a supervisão do sistema financeiro.

Segundo o presidente do BC espanhol, em vista da falência de bancos americanos e do pedido de ajuda do Credit Suisse neste ano, há compreensão de que o risco para o setor “é muito significante” e que “a incerteza no horizonte é muito alta”. No entanto, ele avalia que os bancos europeus têm que “aproveitar essa alta lucratividade que estamos observando no curto prazo para manter e até aumentar a resiliência”.

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