Gia Romualdo-Rodriguez. Imagem: Instagram via Miami Herald.

Gia Romualdo-Rodriguez, 46 anos, viajou de Nova York a Miami para fazer uma cirurgia na Xiluet, clínica especializada em aumento de seios, abdominoplastia e a conhecida cirurgia do “bumbum brasileiro” (Brazilian butt lift), que é o levantamento das nádegas.

Mas durante a cirurgia para levantamento do bumbum e de aumento dos seios feita esta semana, seus níveis de oxigênio e frequência cardíaca despencaram. Incapaz de salvá-la, a cirurgiã, Dr. Stephanie Stover, ligou para o 911. Romualdo-Rodriguez, que estava em transição para se tornar uma mulher, foi levada às pressas para o Hospital Regional Kendall, de acordo com a polícia de Miami-Dade, mas era tarde demais.

De acordo com o Escritório do Examinador Médico de Miami-Dade nesta quinta-feira, 17, a morte da paciente foi considerada acidental – o resultado de uma embolia causada por gordura injetada em suas nádegas.

Miami é destino nacional de cirurgia do “bumbum brasileiro”

O caso foi o mais recente envolvendo a cirurgia do “bumbum brasileiro” em Miami, que atrai mulheres e homens de todo o país dispostos a arriscar a fazer a cirurgia muitas vezes perigosa para ter nádegas maiores e mais redondas. Pelo menos 20 pessoas morreram na Flórida na última década por causa de complicações do procedimento, quase todas em Miami, de acordo com um pesquisador que acompanha as mortes.

Regras mais rígidas para a cirurgia

Fatalidades envolvidas no procedimento popular aconteceram com tanta frequência que o Conselho de Medicina da Flórida, no ano passado, estabeleceu novas restrições para os cirurgiões, como por exemplo, a proibição de os cirurgiões injetarem gordura nos músculos glúteos de um(a) paciente ou abaixo deles devido ao risco de perfurar a veia glútea, o que pode fazer com que coágulos de gordura viajem para o coração e os pulmões, levando à falência desses órgãos.

Durante esse tipo de cirurgia, os cirurgiões removem a gordura do estômago de um(a) paciente por meio de lipoaspiração. A gordura é tratada e então enxertada nas nádegas por injeção. A regra adotada pelo Conselho de Medicina exige que os médicos injetem a gordura acima do músculo e abaixo da pele.
Ainda assim, pelo menos três mortes por coágulo de gordura aconteceram desde que a regra entrou em vigor, disse o Dr. Onelio Garcia, cirurgião plástico que ajuda médicos legistas nesses casos.

“Enviamos todos os tipos de notificações aos cirurgiões plásticos sobre o que eles precisam fazer para se manter seguros – mais importante, o que não devem fazer”, disse Garcia, membro da Sociedade de Cirurgiões Plásticos da Flórida, que defendeu a regra.

De acordo com o perfil público da cirurgiã no Departamento de Saúde da Flórida, ela não tem nenhum histórico de disciplina e é certificada pelo American Board of Plastic Surgery. Com informações do Miami Herald. 

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Fonte: Gazeta News