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A Justiça Federal autorizou que o brasileiro Ricardo Godinho cumpra o restante da sua pena no Brasil. Em junho de 2019, ele foi condenado à prisão perpétua pelo Tribunal da Coroa, na cidade de Guildford, Inglaterra, por ter matado a ex-companheira, Aliny Mendes. As informações são do G1.

O crime ocorreu em fevereiro de 2019, na cidade de Ewell, Inglaterra. Aliny ia buscar de ônibus os filhos na escola. Ela estava acompanhada da filha menor, de 3 anos. Ricardo a seguiu de carro, brigou com ela e a matou na frente da criança com diversas facadas.

Na época, foi determinado que o réu cumpra pelo menos 27 anos de prisão. Após esse período, a pena poderá ser alterada. Ricardo foi condenado pelos crimes de homicídio e porte de arma branca.

Decisão brasileira

A decisão brasileira de autorizar a transferência foi proferida no dia 5 de maio. A Justiça atendeu ao pedido feito por meio da cooperação judiciária internacional. Brasil, Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e Reino possuem acordo para transferência de prisioneiros.

O juiz federal Jorge Costa, da 11ª Vara Criminal de Minas Gerais, pediu a mudança da pena para 30 anos de reclusão.

Ele justificou a solicitação afirmando que, no Brasil, a pena máxima para homicídio é de 30 anos.

O argumento foi corroborado pelo Ministério Público Federal (MPF).

A decisão ainda estabeleceu que o período na prisão inglesa seja deduzido no cumprimento na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Belo Horizonte (MG).

Para que a transferência seja concretizada, o Ministério da Justiça precisa autorizar.

Relembre o caso

Ricardo matou a ex-companheira a facadas depois de uma discussão.

Segundo a promotora do caso, Claire Gallagher, Ricardo realmente “tinha a intenção de matar a esposa”, apesar de alegar “que tinha perdido o controle depois de uma briga”. Ele confessou apenas que cometeu um homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

No entanto, para a promotora, esse argumento contradiz as provas do crime.

“Ele tinha uma faca grande com ele, que era grande demais para ser deixada no bolso, como alegou. Isso mostrou claramente que ele tinha planejado o assassinato.”

A família de Aliny disse em comunicado que ela “era uma mulher linda, inteligente, feliz e carinhosa que era amada por tantas pessoas, tanto no Reino Unido quanto em seu país de origem, o Brasil”.

Fonte: MSN