Vacina coronavírus. Foto:CDC\Unsplash.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta sexta-feira 26, que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a biofarmacêutica britânica AstraZeneca, é a melhor candidata contra a covid-19. A fórmula está sendo testada no Brasil e na África do Sul. Testes anteriores tiveram resultados positivos no Reino Unido.

De acordo com a pesquisadora Soumya Swaminathan, da OMS, esta candidata apresenta os estudos mais adiantados do mundo e com o desenvolvimento mais avançado. Uma outra vacina em testes, da empresa Moderna, “não está muito atrás”. São 200 vacinas candidatas contra o coronavírus, testadas ao redor do mundo.

O Brasil foi o 1º país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o Sars Cov-2. Até a sexta-feira, 26, o Brasil registrava 55.304 mortos e 1.244.419 casos confirmados pela doença. 

Mais de mil voluntários em São Paulo estão envolvidos nos estudos. Os testes foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com apoio do Ministério da Saúde, e são conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ainda de acordo com Swaminathan, a OMS mantém conversas com várias fabricantes chinesas, entre elas a Sinovac, sobre potenciais vacinas. Ela pediu que seja considerada uma colaboração entre os testes com potenciais contra a Covid-19, similar aos ensaios solidários que a OMS tem feito com possíveis medicamentos para tratar a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Voluntário recebe injeção-teste da vacina da Covid-19. Universidade-de-Oxford. Foto-University-of-Oxford-via-AP.

Testes no Brasil

A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford está na fase 3 de desenvolvimento – última fase antes da aprovação e distribuição – e começou a ser testada nesta semana em voluntários brasileiros, em um estudo liderado no país pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em entrevista à Reuters na quarta-feira, 24, a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, disse que os ensaios clínicos com a vacina de Oxford e da AstraZeneca podem durar até um ano.

Já a vacina da chinesa Sinovac deverá começar a ser testada no Brasil em julho, depois de a companhia fechar acordo com o Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, que pode levar à produção dela no Brasil, caso se mostre eficaz.

Fundo contra a Covid-19

De acordo com a OMS, serão necessários mais de 30 bilhões de dólares nos próximos 12 meses para desenvolver testes, vacinas e tratamentos contra a covid-19.

“Está claro que, para controlar a covid-19 e salvar vidas, precisamos de vacinas, diagnósticos e terapias eficazes, em volumes sem precedentes e em uma velocidade sem precedentes”, disse o diretor-executivo da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em 27 de junho, artistas de todo o mundo se reunirão em um concerto virtual para arrecadar fundos para esses estudos, coordenado pela organização Global Citizen, em parceria com a OMS. A campanha também tem o objetivo de mitigar o impacto da pandemia nas populações em situação de pobreza.

Em 12 meses, o esforço internacional precisa arrecadar US$ 31,3 bilhões (cerca de R$ 171,2 bilhões). Até o momento, os países membros conseguiram US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 18,5 bilhões). O déficit total para garantir um acesso igualitário no planeta é de US$ 27,9 bilhões (R$ 152, bilhões). Deste montante em falta, a entidade informa que US$ 13,4 bilhões (R$ 73,3 bilhões) são urgentes para o fundo. Com informações da Reuters e da AFP. 

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Fonte: Gazeta News