Donald Trump na Casa Branca em 28 de abril de 2020. Foto: Carlos Barria\Reuters.

O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (28) que “acompanha de perto” o que chamou de “surto sério” de novo coronavírus no Brasil e sugeriu que pode haver restrições de voos com a América Latina, o que consequentemente incluiria o país.

“O Brasil tem um surto sério, como vocês sabem. Eles também foram em outra direção que outros países da América do Sul, se você olhar os dados, vai ver o que aconteceu infelizmente com o Brasil”, disse Trump.

As declarações foram dadas a repórteres que o questionaram sobre voos internacionais ainda em operação durante encontro com o governador da Flórida, Ron DeSantis, na Casa Branca, no qual Trump teria questionado DeSantis sobre a situação dos voos do Brasil para a Flórida.

Ainda há viagens aéreas entre Brasil e EUA, mas em menor frequência devido à pandemia.

DeSantis falou sobre o combate à pandemia de coronavírus na Flórida e comentou que há uma expectativa de aumento no número de casos em algumas nações no exterior, citando como exemplo o Brasil. O próprio Trump então questionou DeSantis sobre se ele pensa em “cortar voos” do país.

“Não necessariamente”, respondeu o governador, sugerindo que pode ser pensada uma tecnologia, com testes para monitorar potenciais casos de passageiros contaminados para evitar essa circulação do vírus.

Trump lembrou que recebeu críticas por ter restringido voos com a China, mas argumentou que a decisão se mostrou posteriormente correta, para conter a disseminação do coronavírus.

Alerta da Embaixada dos EUA no Brasil

A Embaixada dos Estados Unidos alertou na semana passada que norte-americanos no Brasil devem se organizar para voltar aos EUA a não ser que estejam preparados para permanecer em solo brasileiro “por um período indefinido”, por causa da pandemia de novo coronavírus.

Em mensagem publicada no site oficial da representação, a Embaixada diz que há apenas nove voos em operação por semana entre o Brasil e os EUA — todos saindo do estado de São Paulo. Essas decolagens, segundo a nota, podem diminuir nos próximos dias.

Brasil e a COVID-19

O Brasil contava, até a tarde desta terça-feira, 28, com 68.656 casos confirmados e 4.709 mortes, segundo dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao G1.

Já os EUA passaram de 1 milhão de infectados confirmados, segundo a Universidade Johns Hopinks que monitora a pandemia globalmente.

No entanto, a curva de casos e mortes no Brasil continua em crescimento, e o país já é o décimo com mais mortes pela Covid-19 em todo mundo. De acordo com previsão de infectologistas, o Brasil ainda não passou pela pior fase da pandemia ainda, com pico de contaminação e mortes previsto para maio.

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Fonte: Gazeta News