(FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda-feira (2) que pretende aumentar vagas em comunidades terapêuticas para tratar dependentes químicos. Ele também anunciou o vice-governador, Felicio Ramuth (PSD), como o responsável para conduzir o tema na nova gestão.

A designação faz parte de um modelo a ser adotado pela nova gestão em que o governador escolhe gerentes para tratar de projetos prioritários.
“Ninguém melhor do que o próprio vice-governador para ter essa atuação transversal, falar com a secretaria de Desenvolvimento Social, com a Secretaria de Segurança [Pública] e com a Secretaria de Saúde”, disse o governador após a primeira reunião com o secretariado.

Além de disponibilizar mais vagas em comunidades terapêuticas, Tarcísio disse que irá aumentar a capacidade dos centros de triagem para usuários de drogas, e também citou aluguel social e habitações comunitárias como opções para moradia para os sem-teto. “Estamos conversando muito com a prefeitura”, disse Tarcísio.

O governador não citou, porém, se as ações serão feitas no âmbito do programa Recomeço, vigente no governo estadual para tratar de dependentes químicos desde 2013.

A iniciativa condiz com o programa federal que instituiu esse tipo de tratamento na política nacional de combate às drogas. Maior parte das comunidades terapêuticas é gerida por instituições evangélicas e católicas.

No início do ano passado, a Prefeitura de São Paulo encaminhou, em cinco meses, apenas duas pessoas para as vagas de internação para dependentes químicos em comunidades terapêuticas disponíveis por meio de convênio com o governo estadual.

Tarcísio listou outros projetos que terão prioridade nos primeiros 100 dias da gestão: leilão do Rodoanel, preparação para o [Fórum Mundial] de Davos, além dos estudos para a privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.) e Sabesp.

Em relação ao projeto de privatização da Sabesp, Tarcísio afirmou que a gestão deve procurar o Banco Mundial para elaborar o modelo. “Fazer ou não a desestatização vai depender do que o modelo irá nos indicar”, disse o governador.

A privatização do Porto de Santos também foi citada pelo governador, mas com a ressalva de que o projeto depende do governo federal para sair do papel.