Oito em cada dez brasileiros acreditam que o ano de 2023 será melhor que o ano de 2022. É o que mostra a pesquisa “Global Advisor – Predictions 2023”, feita pela Ipsos em 36 países. Os dados do Brasil são superiores à média mundial, que é de 65%. As outras nações bastante otimistas são México (84%), China (83%) e Emirados Árabes Unidos (82%).

Na outra ponta, os cidadãos que estão menos empolgados para o novo ano são os japoneses, os belgas e os franceses. Nestes países, os índices ficaram em 36%, 44% e 44%, respectivamente.

Em comparação com o mesmo levantamento feito no fim de 2021, os dados do Brasil subiram três pontos percentuais (de 82% para 85%). O otimismo do brasileiro, porém, vai na contramão do restante da população mundial. Os números caíram de forma significativa (mais de dez pontos percentuais) em 24 países que participaram de ambas as pesquisas.

Inflação

A confiança do brasileiro em um ano melhor também reflete no aspecto econômico. Apenas 50% dos entrevistados acreditam que a inflação do país será maior em 2023 do que em 2022. O Brasil é o último colocado do ranking.

Na ponta da tabela está a população da África do Sul, onde 91% dos entrevistados acham que a inflação sofrerá aumento. A média mundial neste quesito é de 75%.

Desemprego

O Brasil continua na última colocação do ranking mundial quando o assunto é desemprego. 41% dos cidadãos acham que o desemprego no país será maior em 2023. A África do Sul também lidera esse aspecto, com 88%. A média mundial é de 68%.

Polarização

A pesquisa também perguntou se os brasileiros acreditam que as pessoas serão mais tolerantes umas com as outras em 2023, em comparação ao ano anterior. Apenas 34% disseram que sim – ressaltando que a polarização da sociedade ainda será uma pauta presente no novo ano. O Brasil apresenta a mesma média dos países pesquisados (34%), sendo Indonésia (81%) e Emirados Árabes (77%), os mais otimistas com o aumento da tolerância e Japão (12%) e Hungria (14%) os menos.

Sobre a pesquisa

A Ipsos entrevistou, de forma on-line, 24.471 pessoas, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 21 de outubro e 4 de novembro de 2022. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais. Além do Brasil, integram a pesquisa: Arábia Saudita, África do Sul, Argentina, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Emirados Árabes, Estados Unidos, Espanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Israel, Irlanda, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Romênia, Singapura, Suécia, Suíça, Tailândia, Turquia.