SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (10), os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo aprovaram uma paralisação de 24 horas na próxima terça-feira (14). No entanto, a confirmação da greve se dará apenas no dia anterior, quando o sindicato da categoria tem marcada uma reunião de conciliação com o patronal no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Caso as duas partes cheguem a um acordo, não haverá paralisação. Do contrário, a greve será iniciada à meia-noite. A categoria já havia agendado uma greve para a última segunda (6), mas houve acordo no TRT para adiá-la e continuar negociando.

“Estamos indignados com a intransigência dos patrões, que insistem em ignorar as reivindicações dos trabalhadores, que nada mais são do que um reajuste equivalente à inflação. Os preços estão às alturas, com a alta da gasolina, mercado, gás, luz, aluguel e eles querem tapar o sol com a peneira?”, disse o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

Entre outras reivindicações, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo exige reajuste salarial de 12,47%, mais aumento real. No entanto, na última proposta, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) ofereceu 10% de aumento em parcela única em outubro, o que não agradou à categoria.

“Se nessa reunião de segunda-feira o setor patronal e o Poder Público não reverem esse posicionamento, São Paulo vai parar. Os trabalhadores estão exaustos, inconformados e prontos para a greve”, afirmou o dirigente.