O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira, 31, que o Brasil tem 13 casos suspeitos do novo coronavírus 2019 n-CoV. Nenhum caso foi confirmado. Na China, o número de infecções confirmadas ultrapassou 9.600 e 213 pessoas morreram após contrair o coronavírus.

O número de casos está se elevando também fora da China continental. Mais de 120 casos de infecção foram constatados em mais de 20 países e territórios. A Itália confirmou os dois primeiros casos, ambos de turistas chineses.

Até agora, há suspeita de casos de transmissão do vírus entre pessoas no Vietnã, em Taiwan,no Japão, na Alemanha, França e nos Estados Unidos.

No Reino Unido, duas pessoas da mesma família testaram positivo para o coronavírus, informou o chefe médico do Departamento de Saúde do país.

Na China, no epicentro da propagação do vírus, trabalhadores do setor médico estão extremamente ocupados em Hubei, província em que apareceu o surto. Mais de 30 mil pessoas por dia têm procurado hospitais e clínicas locais com febre.

As três maiores companhias aéreas americanas com voos internacionais anunciaram hoje a suspensão de voos ligando os Estados Unidos à China, cedendo a pressões dos sindicatos e às autoridades sanitárias, por conta da epidemia do coronavirus na China.

Alerta e cancelamento de voos para a China

O governo americano aumentou os alertas de viagens ao nível mais alto e está pedindo aos seus cidadãos que evitem ir à China e pensem em sair de lá, caso estejam naquele país.

Nesta sexta-feira, a American, Delta e United Airlines anunciaram a suspensão de voos dos Estados Unidos para o país asiático até meados de março e abril.

Epidemia global

A Organização Mundial da Saúde declarou na quinta-feira a epidemia emergência global, em uma tentativa de evitar que o vírus se alastre ainda mais além das fronteiras. Esta é a sexta vez que a organização toma essa medida, que foi colocada em prática, entre outras, durante a gripe suína em 2009, a proliferação da poliomielite em 2014, e a epidemia do vírus Ebola em 2019.

“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Os casos do 2019-nCoV estão se espalhando mais rápido, mas matam menos do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave, SARs-CoV, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e do que o H1N1, vírus que levou a uma pandemia em 2009 e que continua fazendo vítimas.

Tipo de vírus e seu risco

Desde o primeiro alerta de coronavírus, em 31 de dezembro, até esta sexta-feira, o coronavírus já havia matado 213 pessoas na China e infectado 9.720 – taxa estimada de letalidade de 2,19%, segundo autoridades chinesas. Isso significa que, a cada 100 pessoas doentes, 2 morrem. Os dados são estimados porque o número total de infecções ainda é desconhecido.

Já a Sars levou à morte 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia (2002 a 2003). A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As duas infecções são causadas por vírus da família “coronavírus”, e recebem este nome porque têm formato de coroa.

Se comparados a outro vírus que causa doença respiratória, como o H1N1, o número de pessoas que morrem é maior do que o registrado pelo coronavírus. Em 2019, somente no Brasil, 796 pessoas morreram com H1N1 e 3.430 foram infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.

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Fonte: Gazeta News