SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – No início de julho deste ano, o São Paulo anunciou a sua mais nova embaixadora: Pâmela Rosa. A comunicação aconteceu um dia após a bicampeã mundial no skate street estar no Morumbi, nas oitavas de final da Sul-Americana, quando o time paulista derrotou a Universidad Católica-CHI por 4 a 1.

São-paulina fanática, a atleta acredita que desde a barriga da mãe já torcia para a equipe. “Meu pai é louco pelo São Paulo, a gente tem um amor muito grande, é uma paixão”. Não por acaso, esses sentimentos a fizeram cogitar ser jogadora de futebol.

Paulo Cesar, pai de Pâmela, chegou a jogar como goleiro. Com toda a família tricolor, o carinho pelo esporte sempre foi incentivado. “Era jogando que eu e o meu pai criávamos uma conexão, acabava sendo o nosso momento de brincar”, explica.

Nas quatro linhas dos gramados, Pâmela gostava mais de atuar como lateral ou meia. Embora admita que também gostasse de jogar futsal. O fato é que a conexão com o futebol e o São Paulo, para ela, são eternas assim como as lembranças proporcionadas por ambos.

Após conquistar o seu terceiro título no Dew Tour, em 2021, ela soube que naquele mesmo dia, no Brasil, o Tricolor paulista consagrou-se campeão paulista sobre o rival Palmeiras, por 2 a 0, no Morumbi.

“Foi algo muito gratificante”, disse a atleta de 23 anos. A carreira no skate foi o que abriu caminhos para que ela conseguisse passar a frequentar de estádio.

Moradora de São José de Campos, a atleta e a família não conseguiam frequentar a casa do São Paulo por conta da distância e das condições financeiras. Na sua primeira ida ao estádio, a emoção tomou conta da bicampeã mundial. “Chorei ao entrar lá [no Morumbi]”, relembra.

“Sempre foi meu sonho poder conhecer o estádio do São Paulo e, toda vez que vou, tenho as mesmas sensações que tive naquele dia. É como se fosse a primeira vez”, completa a skatista. Aliás, foi na casa tricolor que Pâmela assistiu ao seu primeiro jogo da Libertadores. Ainda antes da pandemia de covid-19, em março de 2020, ela viu a vitória do São Paulo sobre a LDU, do Equador, por 3 a 0.

“Foi incrível ver o ônibus chegando, sempre foi o meu sonho de Libertadores. Porque muda totalmente o clima, então acho que esse jogo foi o mais marcante pra mim”, recorda a bicampeã mundial. Embora, hoje, a skatista viva nos Estados Unidos, ela sempre procura acompanhar os jogos do Tricolor paulista, inclusive do feminino. No Twitter, por exemplo, Pâmela muitos de seus posts são sobre o São Paulo.

Quando está no Brasil, procura ir ao Morumbi e aproveita para interagir com a torcida. Para a bicampeã mundial estar hoje como embaixadora do clube é realizar um sonho não só dela e de sua família, mas também do torcedor que anseia em representar a instituição.

Questionada sobre quais serão os projetos frutos desta nova parceria, a skatista disse que ainda não pode dar detalhes, mas que vem novidade por aí. O acordo prevê que a skatista use o símbolo do clube no skate e outros equipamentos, ao longo das competições. Nas redes sociais, o clube agora divulga os torneios que Pâmela participa.

Como outros tantos são-paulinos, ela é apaixonada pelo Tricolor paulista e acredita que neste ano, o São Paulo conquistará a Copa do Brasil ou a Sul-Americana. “Se Deus quiser! A expectativa é grande”.