SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem com registro de CAC (sigla para colecionador de armas, atirador desportivo e caçador) reagiu a uma tentativa de assalto contra sua família e baleou o suspeito na noite de quinta-feira (6) na avenida Bosque da Saúde, na zona sul de São Paulo.

O suspeito da tentativa de assalto, um jovem de 19 anos, foi atingido por disparos e socorrido. Seu estado de saúde não foi informado pelo hospital.

A policiais militares o autor dos tiros, um homem de 31 anos que não teve a profissão e identidade reveladas, relatou que saía de carro do estacionamento de uma farmácia quando dois homens o abordaram. Ele estava com a esposa, também de 31 anos, e duas filhas, de 9 e 3 anos.

De acordo com a versão, um dos homens bateu no vidro da janela do carro e, em seguida, abriu a porta do lado do passageiro, onde ele estava sentado.

Baleado, um dos suspeitos foi socorrido para o Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara, zona sul. O outro conseguiu fugir.

A ocorrência foi registrada como legítima defesa e roubo tentado no 16º DP (Vila Clementino). Foi requisitada perícia para o local e para as armas envolvidas.

No país, o número de armas de fogo nas mãos dos CACs chegou a 1 milhão em julho deste ano. Essas categorias têm sido as mais beneficiadas por normas editadas na gestão Bolsonaro (PL) que facilitaram o armamento da população.

O crescimento foi de 187% em relação a 2018, antes do atual governo, segundo dados do Exército obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) pelos institutos Sou da Paz e Igarapé.

Em 18 de julho, um suspeito morreu e outro ficou gravemente ferido após um colecionador de armas, registrado no Exército, reagir a uma tentativa de assalto a um restaurante no Bom Retiro, região central de São Paulo.

O atirador, um marceneiro de 34 anos, tem documentação da pistola 9 mm legalizada e o porte de trânsito válido até 2024. Com o documento, ele pode transportar uma arma municiada até um clube de tiro –e apenas nesse trajeto.

Os policiais civis que registraram ocorrência consideraram que o marceneiro, embora não tenha porte de arma, agiu em legítima defesa e utilizou os meios necessários para se proteger. Entenderam, assim, que não havia necessidade da prisão em flagrante do CAC.