Os dados mostram que, em março deste ano, a circulação dos caminhões permanecia em um nível histórico muito baixo, embora estivesse 8,3% acima do pior momento ocorrido em outubro de 2016.
A queda na atividade tem levado as empresas de transporte a demitirem funcionários, após um período de forte expansão da mão de obra.
Um exemplo disso, captado por dados oficiais, é o que aconteceu com a categoria de profissionais empregados como motoristas de caminhão de rotas regionais e internacionais, com carteira de trabalho assinada.
Entre 2003 e 2014, o estoque de vagas na ocupação passou de 416 mil para 949 mil, um aumento de 128%. A expansão foi quase o dobro do crescimento também expressivo de 68% no número de postos de trabalho do mercado formal como um todo, segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
Com a recessão, houve forte reversão no movimento de contratação dos motoristas de caminhão.
Entre 2014 e 2016 —ano mais recente para o qual há dados disponíveis—, a categoria perdeu quase 72 mil vagas. Foi a oitava profissão, entre mais de 2.500, que mais eliminou postos de trabalho, em termos absolutos no período.

Fonte: Folha de S.Paulo