Um recorrente meme que circula pelas redes sociais de tempos em tempos traz alguma inovação ou…

Um recorrente meme que circula pelas redes sociais de tempos em tempos traz alguma inovação ou gambiarra tupiniquim e a provocativa legenda: “o brasileiro precisa ser estudado pela Nasa”.

Wanderley de Abreu Junior parece ser a personificação literal disso, no bom sentido. Esse engenheiro mecatrônico e empresário carioca, hoje com 41 anos, tinha 12 quando ganhou um modem de aniversário dos pais. Computador ele já tinha um desde os 6 anos. O adolescente tornou-se um hacker. E, em 1997, aos 19, invadiu nada menos do que o sistema da Nasa, a agência espacial americana.

“Eles ligaram para meu pai, dizendo que haviam descoberto a invasão”, recorda ele. Wanderley de Abreu, o pai, um engenheiro do Exército brasileiro, assustou-se com o telefonema. Deu bronca no filho, disse que ele seria preso ou, na melhor das hipóteses, jamais poderia pisar em solo norte-americano.

Mas a chamada telefônica não era uma ordem de prisão nem uma notificação de processo judicial. Era um convite: a Nasa queria saber mais do brasileiro. Na realidade, notando a invasão, decidiram convidar Abreu Junior para fazer um curso na instituição, uma espécie de rehab para hackers. Era uma troca: ele explicaria as fragilidades do sistema da Nasa, as falhas de segurança que possibilitavam que gente como ele hackeasse tudo. E aprenderia o que havia de mais moderno nos laboratórios de informática da agência.

Agora, 22 anos depois, Abreu Júnior é um dos participantes de evento organizado pela empresa Google em parceria com a Nasa para celebrar os 50 anos da chegada do homem à Lua, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele vai fazer uma palestra no evento no próximo dia 19.

Como sua empresa, a Storm Group, já tem uma parceria com a Nasa – por meio de um programa que facilita a transferência de tecnologia para startups com o objetivo de criar produtos e serviços -, Abreu Junior vai apresentar exemplos de inovações criadas pela corrida espacial que, depois, foram incorporadas ao dia a dia das pessoas. Entre os exemplos, estão o teflon, o velcro, os óculos escuros com proteção ultravioleta, os sensores de incêndio e os monitores cardíacos.

Fonte: Redação Braziliantimes (G1.com)

Fonte: Brazilian Times