Nos últimos 25 anos, Miami deixou de ser um destino de férias, principalmente, e passou a ser reconhecida como uma das áreas de maior crescimento e importância global. Segundo dados do Miami Report, relatório anual que compartilha tendências e oportunidades nos vários setores do mercado imobiliário de Miami – lançado no início de dezembro, em São Paulo, pela IHB Brazil, empresa especializada na comercialização de imóveis internacionais para brasileiros -, 428 prédios foram construídos apenas na região sul da Flórida entre 1993 e 2017, com 74.888 unidades no total. Dessas, 83% foi vendido de 2011 a abril deste ano, sendo 20.008 apenas no sul da Flórida. Nesse período, foi registrado um aumento de 229% no valor dos imóveis, uma média de 9% ao ano.
Segundo dados divulgados no relatório, parte da razão pela qual agora é o momento de investir em imóveis na Flórida reside no fato de que o novo ciclo de investimentos vai demorar a gerar dividendos para os investidores, considerando a construção das torres leva, em média, cinco a seis anos. E não há previsão de novos lançamentos para 2020. Logo, a tendência é a oferta diminuir por um tempo e, com isso, a demanda crescer em relação à oferta.
“Estamos no final de um ciclo que, em geral, dura sete anos. Os empreendedores da área estão trabalhando para encerrar seus inventários, terminar as vendas do que já está construído para começar um novo ciclo. Para conseguir acelerar as vendas, eles estão oferecendo descontos e incentivos. Todos estão fazendo isso. Você pode comprar um imóvel em Miami hoje por preços de cinco, seis anos atrás. E quando eles estiverem vendidos, será a hora de comprar na planta com preços bem maiores”, afirma Craig Studnicky, CEO da ISG World e idealizador do relatório que, este ano, celebra 25 anos de atuação no ramo.
O anuário também indica que, ainda em 2017, a Flórida foi o Estado que mais atraiu investimentos estrangeiros nos EUA. Cerca de 24,2 bilhões (22%), representando um aumento de 25% em relação a 2016. Desses, 53% aconteceram no sul da Flórida. “Além disso, o Estado acaba de chegar a uma soma histórica de um trilhão de dólares na economia local, recebe mais de 100 milhões de visitantes todos os anos e apresenta uma excelente estimativa de crescimento populacional”, indica Jorge Bononi, CEO da IHB Brazil.
Segundo ele, os principais países de origem dos compradores internacionais são, em primeiro lugar, Colômbia, seguida do Brasil e do México. A preferência foram apartamentos, representando 55% do volume. “O dólar norte-americano influenciou muito a diminuição da participação dos brasileiros nesse mercado de imóveis, principalmente em Miami. Além disso, a economia do Brasil não estava tão boa e, combinada com a alta do dólar, perdemos os brasileiros nos últimos três anos. Condições políticas e econômicas sempre afetam. O Brasil pode ser o primeiro no ranking de compradores facilmente”, comenta Craig.
Os valores investidos por brasileiros no exterior, no último ano, superaram o dobro do montante declarado na última década. “Dados do Banco Central indicam que o capital brasileiro aplicado em imóveis em outros países cresceu mais de 200% no mesmo período, apresentando um salto de US$ 1,8 bilhão para US$ 6,2 bilhões. Destes, mais de US$ 2 bilhões estão investidos nos EUA”, informa o CEO da IHB Brazil.
A noite de lançamento do Miami Report foi marcada também pela apresentação das perspectivas do mercado imobiliário de Miami e também contou com a participação de Maile Aguila, vice-presidente da Swire Properties, que aproveitou o momento para apresentar aos mais de 200 convidados o Brickell City Centre, empreendimento destaque na cidade de Miami, classificada pela Foreign Direct Investment Magazine, uma publicação da Financial Times of London, como uma das 10 melhores cidades americanas do futuro.
Fonte: https://ihbbrazil.com