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Entre os dias 22 e 23 de março, o Vale do Café Convention & Visitors Bureau realizou uma pesquisa com objetivo de trabalhar as frentes, junto ao poder público, para criação de destino(s) de Turismo de isolamento seguros e saudáveis, atendendo à demanda represada que será gerada com a criação de um recesso de, pelo menos, 10 dias, nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro.

A região do Vale do Café conta com um complexo turístico inserido no contexto de Mata Atlântica preservada e ambientes amplos e arejados, incluindo 37 unidades de conservação ambiental em âmbitos municipais, estaduais e federais. Além de fazendas, parques e jardins.

“Apesar dos números crescentes de contaminados nos municípios (e em todo o País), dentro da atividade turística em si não houve qualquer relação entre o aumento de visitantes e o aumento do número de infectados nas cidades da região. Os turistas, em maioria, optaram por se hospedar em locais onde pudessem estar ao ar livre, sem aglomeração”, afirmou o Vale do Café Convention & Visitors Bureau.

A entidade ainda defendeu que medidas de caráter restritivo estimulam a informalidade. “Lembramos que grande parte dos meios de hospedagem e negócios da região não possui cadastro no Cadastur, e essa prática gera desarmonia e desequilíbrio na economia local, já fragilizada, em especial, prejudica os empresários formalizados”, completou.

A pesquisa ouviu 41 empresários, de todas as cidades do Vale do Café. No geral, todos sentem que seus estabelecimentos estão atendendo às regras de isolamento, aos protocolos de segurança, e que podem oferecer diferenciais para aqueles que buscam natureza, saúde e bem-estar.

No item “Capacidade de carga” da pesquisa está a métrica mais sensível do setor. Entre os limites de capacidade para os estabelecimentos que os empresários consideram ideais para o momento, o mais votado foi 50% da capacidade por 23,7% dos entrevistados. Mas, como pode ver abaixo, as outras capacidades repartiram votos, até com quem acredita que consiga operar com 100% de sua capacidade.

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O azul escuro (10,5%) representa os empresários que acreditam conseguir operar seus estabelecimentos com 100% da capacidade

O azul escuro (10,5%) representa os empresários que acreditam conseguir operar seus estabelecimentos com 100% da capacidade

“Este item precisa ser quantificado tendo por base a área útil do estabelecimento, a sua natureza e o distanciamento que oferecem entre hóspedes/clientes. E não simplesmente um critério homogêneo de limite de carga geral para todos as empresas turísticas”, defendeu o Vale do Café CVB.

Questionados sobre quanto tempo as suas empresas estariam financeiramente preparadas para encarar um lockdown neste momento, 28,9% dos empresários disseram ser entre 1 a 3 meses. No entanto, 21,1% afirmaram que só estão preparados para de 15 a 30 dias; 13,2% para menos de 15 dias; e 18,4% afirmaram não estar preparados. Apenas 18,4% afirmaram ter um fôlego financeiro para mais de 3 meses.

“Impedir ou restringir a atividade turística responsável poderá levar ao colapso econômico inúmeros estabelecimentos, inviabilizando o posicionamento da região enquanto destino turístico”, concluiu o CVB da região do Rio de Janeiro.

Confira a pesquisa completa.

Fonte: PANROTAS