Todas as companhias aéreas americanas se beneficiaram de um pacote de US$ 25 bilhões pago pelo governo para ajudá-las a lidar com a queda brutal na compra de passagens aéreas desde o início da expansão da covid-19. Em troca, concordaram em não cortar empregos até 30 de setembro. 

Entretanto, a United Airlines, severamente atingida pelo declínio no transporte aéreo causado pela pandemia de coronavírus, alertou que pode demitir mais de um terço de seus funcionários em outubro. 

“Após meses de uma redução de custos agressiva e do aumento significativo de capital, tivemos que abordar hoje com os funcionários um assunto que sempre tememos e que sempre consideramos como um último recurso: as demissões diretas”, escreveu a empresa em um comunicado divulgado pela agencia de noticias AFP.

Segundo a companhia, apesar da ajuda do governo, muitos países ainda impõem restrições e os passageiros estão relutantes em se aglomerar dentro dos aviões. 

“Embora a demanda tenha aumentado um pouco desde abril, nossa atividade deverá cair 75% em julho em comparação com o ano passado e prevemos uma queda de 65% em agosto em relação ao ano passado”, disse a empresa em comunicado. 

Além disso, “dado o recente ressurgimento de casos de covid-19 (nos Estados Unidos), é cada vez mais provável que a demanda por passagens não retorne ao normal até que um tratamento ou vacina esteja amplamente disponível”, acrescentou. 

Todas as grandes companhias aéreas ofereceram programas de aposentadoria antecipada ou partida voluntária. Mas isto não é o suficiente. “A realidade é que a United simplesmente não pode continuar com o número atual de funcionários após 1º de outubro em um ambiente em que a demanda por viagens é tão reduzida”, afirmou a companhia. 

Os cortes decididos pela United Airlines, que tinha 95.200 funcionários em 31 de março, dizem respeito a todos os setores desde funcionários da manutenção a pilotos de aeronaves. 

A United é a primeira grande companhia aérea americana a detalhar o número de funcionários potencialmente afetados por demissões. 

Fonte: AcheiUSA