A Casa Branca informou que Trump declararia emergência nacional e, talvez, invoque outros poderes executivos
Na quinta-feira (14), o Senado aprovou por maioria a proposta que ignora grande parte das exigências do Presidente Donald Trump para construir um muro na divisa dos EUA com o México, mas que impede uma nova paralisação do governo. A Casa Branca informou que Trump, como ele tem dado a entender há várias semanas, declararia emergência nacional e talvez invoque outros poderes executivos para tentar transferir verba de outras partes do orçamento federal para a construção do muro.
A aprovação na Câmara dos Deputados e a assinatura de Trump foram asseguradas, ou seja, início de colaboração bipartidária em contraste com o tumulto que dominou os primeiros meses da transição de poder em Washington-DC.
A possibilidade da declaração de emergência nacional provocou oposição generalizada no Congresso, entretanto, Trump sofre pressão para acalmar sua base conservadora e evitar parecer que ele se rendeu em sua batalha a favor do muro no Congresso.
Na Casa Branca, a secretária de imprensa Sarah Sanders disse que Trump assinaria a lei e tomaria “outras ações executivas, incluindo a emergência nacional”. Ela acrescentou: “O presidente está novamente cumprindo sua promessa de construir o muro, proteger a fronteira e proteger o nosso grande país”.
Trump exigiu US$ 5.7 bilhões para iniciar a construção de mais de 200 milhas (322 mil Km) de muro. O acordo bipartidário prevê menos de US$ 1.4 bilhão; o suficiente para apenas 55 Km de novas barreiras e cercas.
Uma declaração de emergência e outras ações por parte do poder executivo devem provocar ações judiciais e votos no Congresso com o objetivo de impedir que Trump desvie o dinheiro, o que poderia chegar a bilhões de dólares. Assessores da Casa Branca e republicanos no Congresso sugeriram que Trump possa usar verbas destinadas à construção militar, ajuda humanitária e esforços de combate a drogas.
Em uma decisão surpreendente, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que apoiaria a declaração de emergência de Trump. Isso representa uma reviravolta para o republicano de Kentucky, que, como os democratas e muitos outros republicanos, até agora são contra tal ação.
Fonte: Brazilian Voice