Trump afirma que crianças devem ser vacinadas contra o sarampoDepois de no passado ter associado a vacinação infantil ao autismo, o presidente Donald Trump reanalisou sua posição.

“Eles têm que receber as vacinas. As vacinas são tão importantes. Isso está realmente acontecendo agora. Eles têm que receber suas vacinas”, disse Trump na sexta-feira, quando a CNN perguntou qual era a sua mensagem para os pais.

Os casos de sarampo nos Estados Unidos ultrapassaram o maior número já registrado desde que a doença foi declarada eliminada em todo o país em 2000.

Na segunda-feira (22), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA informaram 626 casos individuais de sarampo confirmados em 22 estados até 19 de abril. Na quarta à noite os casos confirmados já haviam aumentado para 695 este ano.

Um estudo da UNICEF descobriu que as mortes por sarampo aumentaram 22% em 2017. O medo das vacinas estavam entre os fatores que levaram a menos vacinações.

Um estudo publicado recentemente que rastreia a saúde de mais de 650 mil crianças descobriu que a vacina MMR não aumenta o risco de autismo em crianças que não eram consideradas de risco para o transtorno. De acordo com o estudo, a vacina não desencadeou autismo em crianças que foram vacinadas.

Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças tenham declarado que não há vínculo entre vacinas e autismo, Trump declarou publicamente na última década que era cético em relação à vacinação infantil.

Durante um debate presidencial republicano na CNN em 2015, Trump disse a Jake Tapper, da CNN, que ele era a favor de “doses menores (de vacinações) por um período maior”.

“O autismo tornou-se uma epidemia. Vinte e cinco anos atrás, 35 anos atrás, você olha para as estatísticas, não ficava nem perto de hoje. Ficou totalmente fora de controle. Eu sou totalmente a favor das vacinas. Mas quero doses menores ao longo de um período mais longo”, disse Trump.

Trump primeiro analisou a questão no Twitter em 2012.

“Inoculações maciças combinadas para crianças pequenas são a causa de um grande aumento no autismo”, afirmou.

Ele fez um argumento semelhante em 2014, também pelo Twitter: “Uma criança pequena e saudável vai ao médico, toma muitas vacinas, não se sente bem e muda – AUTISMO. Muitos desses casos!”

Os céticos da vacinação têm sido associados à campanha presidencial de Trump e à sua administração.

Em 2018, um alto funcionário do Departamento de Assuntos de Veteranos, chamado Thayer Verschoor, foi criticado por espalhar teorias conspiratórias. Entre um de seus posts na mídia social, ele compartilhou uma lista de 35 razões para votar em Trump, que incluía Trump “alertando” a América sobre os “perigos” das vacinas.

Darla Shine, esposa do ex-chefe de comunicações da Casa Branca, Bill Shine, adotou visões anti- vacinais durante anos. Enquanto Bill Shine estava na Casa Branca, Darla Shine pediu para trazer de volta doenças da infância, como o sarampo, que ela alegou ter impulsionado a imunidade e “manter você saudável e lutar contra o câncer”.

Durante a transição presidencial em 2017, Trump reuniu-se com Robert Kennedy Jr., um cético em relação às vacinas. Kennedy disse a repórteres que Trump pediu que ele liderasse uma comissão sobre “segurança na vacinação e integridade científica”. No entanto, a equipe de Trump negou que eles nomearam Kennedy para liderar a investida. Em fevereiro de 2017, Kennedy disse à imprensa que as conversas se dissiparam. Com informações da CNN.

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Fonte: Gazeta News