O produtor rural Ivandro Ramos Santiago, de 38 anos, morava na zona rural de Itaipê, no Vale do Jequitinhonha. Amigos fazem campanha para fazer o translado do corpo.

O produtor rural Ivandro Ramos Santiago, de 38 anos, morreu ao tentar atravessar a perigosa travessia da fronteira entre o México e os Estado Unidos. A morte do mineiro, que morava com a esposa e o neto dela, na zona rural de Itaipê, no Vale do Jequitinhonha, foi confirmada a reportagem, neste sábado (14), por um amigo dele.

Segundo o amigo, que pediu para não ter o nome identificado, o produtor rural viajou rumo ao México no dia 24 de agosto porém, a notícia da morte foi dada ao enteado da vítima, na semana passada. “Não sabemos muita coisa. Parece que ele foi para lá para tentar uma vida melhor. Nos disseram que, durante a travessia, ele passou mal e caiu de cima de um muro. Parece que ele bateu a cabeça nas pedras e foi parar dentro do rio, sendo levado pela correnteza. Depois de ele ir, ficou uns dias sem fazer contato. Na semana passada, ligaram dizendo que ele havia morrido”, contou o amigo de Santiago.

Depois da confirmação da morte, amigos do produtor rural agora fazem uma campanha para tentar arrecadar dinheiro para trazer o corpo de Santiago ao Brasil. De acordo com o amigo da vítima, o custo do translado é avaliado em R$ 10 mil. “Ele era muito querido, uma pessoa bacana e muito prestativa. Sempre procurou ajudar as pessoas. Ninguém aqui tem o que reclamar dele. Era trabalhador e, todo fim de semana, gostava de bater bola com os meninos. Ele merece ter um enterro digno”, lamentou o amigo. “Ele era órfão de mãe e de pai. Tem aqui mais três irmãs e um irmão”, completou.

Para ajudar

Interessados em ajudar, podem fazer um depósito na conta de Maria Elza Dias dos Santos, no banco Itaú, agência 5564, conta corrente 13.576-1.

Posição do Itamaraty

Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha o caso e presta a assistência consular cabível. “Em atendimento ao direito à privacidade dos envolvidos, bem como à Lei de Acesso à Informação e ao decreto número 7.724, o Itamaraty não pode fornecer informações adicionais sobre o assunto”, completou a nota. // Fonte: O Tempo.

Fonte: Brazilian Press