Foto3 Renato Filippi Tribunal nega se a avaliar apelação de informante brasileiro do ICE
Renato Filippi relatou que recebeu por parte das autoridades migratórias a promessa de que poderia permanecer nos EUA indefinitivamente

Renato Filippi foi recrutado como informante confidencial no monitoramento de traficantes de pessoas (coiotes)

Na sexta-feira (2), a Corte Federal de Apelações recusou-se a avaliar o caso envolvendo um informante brasileiro que enfrenta a deportação em New Hampshire. O réu alega que os EUA não estão honrando o acordo que o permita a permanecer no país. As informações são do jornal The Washington Times e do canal de TV WMUR-9.

Um painel formado por 3 juízes do 1º Circuito de Apelações em Boston (MA) revisou o caso de Renato Filippi, morador em Nashua (NH). Na decisão de sexta-feira, o painel concordou que a decisão tomada em 2017 por um juiz federal em New Hampshire que o tribunal não tinha jurisdição sobre o caso envolvendo o brasileiro.

O Comitê de Apelações de imigração negou a apelação de Filippi em 2015. O advogado do brasileiro, Robert McDaniel, encontrou-se com o cliente dele na segunda-feira (5).

“Há passos disponíveis nesse ponto e eu estou disposto a toma-los”, disse McDaniel.

Filippi relatou que enterou clandestinamente nos EUA através do México em 2002 com a ajuda de tranficantes de pessoas (coiotes). Ele foi detido na ocasião e as autoridades dos EUA o recrutaram como informante confidencial para que elas monitorassem a atuação dos coiotes na divisa entre os EUA e México.

Renato relatou que recebeu por parte das autoridades a promessa de que poderia permanecer nos EUA indefinitivamente. Ele alegou que enfrentava ameaças de morte no Brasil, portanto, tinha receio de retornar.

Filippi detalhou que trabalhou no interior de um centro de detenções durante quase 1 ano. Ele, posteriormente, foi realocado para New Hampshire e foi exigido comparecer periodicamente ao escritório do Departamento de Imigração (ICE). Ele conseguiu obter o cartão do Seguro Social, a carteira de motorista e conseguir emprego. O brasileiro levou a esposa e filha a New Hampshire. Durante uma visita de rotina ao escritório do ICE, em setembro, ele foi comunicado que deveria sair dos EUA.

Fonte: Brazilian Voice