“Perante a nova lei sobre ‘informações falsas’, não temos outra escolha a não ser suspender as transmissões ao vivo e a divulgação de novos conteúdos (…) até podermos analisar as possíveis consequências para a segurança” dos funcionários do TikTok e dos utilizadores da plataforma, escreveu a empresa na rede social Twitter.

Na sexta-feira, o parlamento russo aprovou uma lei que penaliza a divulgação de “informações falsas” sobre a “operação militar especial” em curso na Ucrânia, com penas previstas que variam desde multas até 15 anos de prisão.

No sábado, o Kremlin (Presidência russa) defendeu a necessidade de “firmeza” na nova lei que reprime “informações falsas” sobre o exército russo para enfrentar uma “guerra de informação” que diz estar sendo travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.

“No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.