Foto21 Kirstjen Nielsen Secretária de Trump culpa família de menina morta na fronteira“Vocês sabem, esse é apenas um exemplo bastante triste dos perigos dessa viagem”, disse Kirstjen Nielsen. “Essa família escolheu cruzar ilegalmente”

Jakelin Caal Maquin, de 7 anos, estava sob a custódia da Patrulha da Fronteira (CBP) quando morreu de inanição e desidratação

Na sexta-feira (14), a secretária do Departamento de Segurança Nacional (DHS), Kirstjen Nielsen, culpou a família da menina de 7 anos pela morte dela enquanto sob a custódia do governo dos EUA. Ela alegou que o grupo de imigrantes nunca deveria ter tentado ir à fronteira sem a autorização dos EUA.

Nielsen disse que a morte de Jakelin Caal Maquin foi “de partir o coração” e desejou condolências à família da criança. Entretanto, ela aproveitou a oportunidade para criticar os imigrantes e solicitantes de asilo que rumaram até a fronteira do México com os EUA.

“Vocês sabem, esse é apenas um exemplo bastante triste dos perigos dessa viagem”, disse ela no programa Fox & Friends. “Essa família escolheu cruzar ilegalmente”.

A menina, cuja identidade foi revelada na manhã de sexta-feira (14), veio da Guatemala acompanhada do pai dela num grupo de 163 imigrantes, segundo o DHS. Ela morreu de choque e desidratação pouco depois de 24 horas depois de ter sido levada ao hospital. O órgão sofreu uma avalanche de condenações, após o falecimento de Jakelin ter sido anunciado no final de quinta-feira (13). Através de vários comunicados, o órgão alegou que que havia feito todo o possível para impedir a morte de Jakelin no relativo pouco tempo que ficou sob a custódia da Patrulha da Fronteira (CBP).

Na quinta-feira (6), a menina, o pai dela e o grupo de imigrantes foram a um posto de entrada fechado para entrar clandestinamente nos EUA. Eles se entregaram aos patrulheiros e, então, foram levados ao Novo México. Um representante do CBP disse a repórteres que a criança inicialmente aparentava estar bem e que o pai dela assinou um formulário afirmando que ela não tinha problemas sérios de saúde. Uma autoridade guatemalteca frisou que tal formulário estava em inglês e que o pai da menina, que fala um idioma maia, talvez não tenha entendido as explicações dos patrulheiros.

Os imigrantes esperaram várias horas para serem transportados a Lordsburg (NM) e tiveram acesso à água e banheiros durante esse tempo, informaram as autoridades. Na viagem de 3 horas de ônibus, Jakelin começou a vomitar e sofrer convulsões. Ela apresentou febre de 106º graus (41.1º Celsius), detalhou o DHS. O pai da menina disse que ela não pôde ingerir alimentos e água durante vários dias, informou o CBP através de um comunicado.

Fonte: Brazilian Voice

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