O microbiologista Philip Tierno, da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, considera que os lençóis da cama devem ser mudados um vez por semana. 

Em entrevista ao IFL Science, Tierno explica que quando dormimos, transpiramos e libertamos células mortas da pele e que quanto mais tempo passamos nos mesmos lençóis, mais fungos e bactérias atraem. 

Já no verão, a recomendação é outra.  Devemos trocar os lençóis a cada quatro dias e deixá-los a arejar todas as manhãs e para evitar o acúmulo de umidade.

Porém, um inquérito realizado pela empresa americana Pizuna Linens, que envolveu 2250 adultos do Reino Unido, revela que os homens solteiros tendem a trocar os lençóis da cama com menos frequência do que as mulheres descomprometidas. De acordo com Lindsay Browning, psicóloga, neurocientista e especialista em doenças do sono, citada pela BBC, quase metade dos homens solteiros considera que os lençóis não necessitam de ser lavados durante um período que pode ir até aos quatro meses. Outros 12% chegam mesmo a admitir que apenas os lavam quando se lembram.

Quanto às mulheres solteiras, a maioria (62%) lava os lençóis de duas em duas semanas. Em casais, a troca da roupa de cama é feita de três em três semanas. Ainda assim, de acordo com o inquérito, 18% diz que toma banho à noite para que os lençóis não se sujem.  

Além disso, um estudo publicado na revista Journal of Allergy and Clinical Immunology revela que os lençóis podem ser “reservatórios de alérgenos”, por acumularem substâncias que desencadeiam crises alérgicas, como pelos de animais, pólen, detritos de ácaros e até mesmo fungos, bactérias e ácaros. Isso significa que não lavar os lençóis por mais de três semanas aumenta a proliferação de bactérias nocivas, incluindo Staphylococcus aureus, que pode causar desde acne até pneumonia.