Brasil

Janeiro

  • 16 de janeiro- Organização Mundial de Saúde aufere a incidência de casos de febre amarela e inclui o estado de São Paulo em área de risco.
  • 24 de janeiro- Luiz Inácio Lula da Silva é condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Fevereiro

  • 13 de fevereiro- Acadêmicos do Tatuapé é bicampeã do Carnaval de São Paulo.
  • 13 de fevereiro- Beija-Flor de Nilópolis é, pela décima-quarta vez, campeã do grupo especial do Carnaval do Rio de Janeiro.
  • 16 de fevereiro- Início da intervenção federal no Rio de Janeiro, a primeira intervenção federal desde a constituição de 1988. O general Walter Souza Braga Netto é nomeado interventor do estado.

Março

  • 2 de março – O ministro Edson Fachin inclui o presidente Michel Temer em inquérito da Operação Lava Jato, que também investiga os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. De acordo com o inquérito, são investigados os indícios de pagamento de propina na Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, segundo as delações da Odebrecht.
  • 14 de março- A vereadora da cidade do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros, por volta das 21h30, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro.
  • 28 de março- Durante visita à cidade de Guarapuava, no Paraná, dois ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram atacadas. Consequentemente, o evento local foi cancelado.

Abril

  • 1 de abril- Terremoto de 6,8 graus que atingiu a Bolívia é sentido em cidades do Brasil. O Distrito Federal, a Avenida Paulista, Santos, Marília, São Carlos, Araxá, Belo Horizonte, Uberlândia, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina sofreram reflexo do abalo sísmico.
  • 4 de abril- O habeas corpus solicitado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é rejeitado por 6 votos a 5.
  • 5 de abril- Após a rejeição do pedido de habeas corpus, o juiz Sérgio Moro decreta a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A condenação é de 12 anos e 1 mês de prisão pelo TRF-4, devido aos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.
  • 7 de abril- Após manifestação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é preso e chega a Curitiba para começar a cumprir a pena de 12 anos e 1 mês de prisão.

Maio

  • 1º de maio – Edifício de 24 andares do Largo do Paiçandu desaba em incêndio no Centro de São Paulo. Ocupado por cerca de 90 famílias, bombeiros apontam ao menos uma vítima nos escombros e 34 desaparecidos.
  • 21 de maio- Caminhoneiros entram em greve nacional durante cinco dias seguidos. Os motoristas protestam contra o aumento do preço dos combustíveis, o fim da cobrança de pedágio por eixo suspenso e pelo fim do PIS/Cofins sobre o diesel. A paralisação afetou órgãos públicos e particulares.

Setembro

  • 2 de setembro— Um incêndio de grandes proporções atingiu os três andares do prédio do Museu Nacional do Brasil, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro. Estima-se que 80% do acervo localizado no museu tenha se perdido no incidente.
  • 6 de setembro— O candidato à presidência da república Jair Bolsonaro é vítima de uma tentativa de assassinato à faca durante campanha eleitoral em Juiz de Fora, Minas Gerais.
  • 11 de setembro— O Partido dos Trabalhadores anuncia a candidatura de Fernando Haddad à presidência, após a candidatura de Lula da Silva ser indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral em 31 de Agosto.
  • 29 de setembro— Manifestações populares acontecem em mais de 100 cidades pelo Brasil, contra o candidato à presidência Jair Bolsonaro.

Outubro

  • 7 de outubro — Ocorre o primeiro turno das eleições gerais. Para presidente, passam para o segundo turno os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Segundo turno será realizado no dia 28 de outubro.
  • 28 de outubro— Ocorre o segundo turno das eleições gerais. Com pouco mais de 55% dos votos, o candidato do PSL Jair Bolsonaro derrota Fernando Haddad e é eleito presidente do Brasil.

Dezembro

  • 11 de dezembro— Atentado suicida na Catedral Metropolitana de Campinas, no estado brasileiro de São Paulo. Euler Fernando Grandolpho (49 anos) abriu fogo contra os fiéis durante uma missa, deixando cinco vítimas fatais e alguns feridos, vindo a cometer suicídio à frente do altar.

Agora, o que se sabe é que o Brasil enfrentará o ano que vem com um novo governo, cuja posição política não é mais a mesma que os brasileiros se acostumaram durante 13 anos. Qual será a consequência das decisões de Jair Bolsonaro nas notícias do mundo? Somente o ano que se inicia dirá.

Estados Unidos

As eleições que não foram presidenciais, mas que colocaram em teste a popularidade de um líder de Estado, foram as chamadas “midterms”, onde as eleições parlamentares, ocorridas em novembro, resultaram em uma dura derrota para Trump na Câmara, apesar da ampliação da bancada republicana no Senado.

Além disso, essas eleições foram marcadas pela vitória de minorias que nunca tinham sido representadas no país, como os muçulmanos, indígenas, LGBTs e as próprias mulheres, que alcançaram um número maior de parlamentares.

Além dos candidatos, outros cidadãos ganharam relevância nas eleições. Afinal, logo antes do pleito, em outubro, diversos pacotes-bomba foram entregues a uma série de personalidades ligadas ao Partido Democrático, como o ex-presidente Barack Obama, seu vice Joe Biden, e Hillary Clinton, adversária de Trump na última corrida presidencial. Um homem foi preso.

Apesar de assustadores, não só os pacotes-bomba causaram terror nos Estados Unidos durante 2018. Afinal, logo em fevereiro, o mundo se chocou com o que foi o maior ataque da década a uma escola no país.

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O massacre na escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland, na Flórida, protagonizado por Nikolas Cruz, um ex-aluno de 19 anos, deixou 17 mortos.

Só neste ano, os Estados Unidos foram palco de pelo menos nove ataques a tiros que causaram a morte de 44 pessoas e ferimentos em pelo menos outras 73.

Além de Parkland, vale lembrar o ataque, em maio, no Santa Fé High School, no Texas, onde um estudante de 17 anos matou oito colegas e dois professores.

Em junho, tiros foram disparados contra a redação do jornal Capital Gazette, em Maryland, deixando cinco mortos e dois feridos. Antes disso, a sede do Youtube, na Califórnia, também foi alvo de um atentado, em abril deste ano.

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Outro episódio que precisa entrar para a retrospectiva 2018 foi o tiroteio ocorrido em uma sinagoga em Pittsburgh, em outubro. O caso, que foi o pior ataque antissemita da história recente dos Estados Unidos, resultou em 11 mortos.

Porém, o ano de 2018 foi um ano de adeus a outras personalidades icônicas, como os políticos norte-americanos John McCain e George H. W. Bush.

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Em setembro, morreu de câncer cerebral, aos 81 anos, o ex-senador republicano John McCain. No início de dezembro, foi a vez do ex-presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush morrer aos 94 anos. A causa da sua morte não foi divulgada, porém o 41º líder do país sofria de Parkinson e tratava uma infecção no sangue.

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Ainda neste ano, a relação de Putin com o presidente Donald Trump, passou por altos e baixos. O ano se iniciou com Putin e Trump planejando encontros bilaterais e o russo sendo acusado de interferir no resultado das eleições presidenciais norte-americanas, contribuindo para a vitória de Trump em 2016.

Em março, porém, Putin deu um recado agressivo a Trump, colocando a Rússia na disputa nuclear e afirmando que, se os Estados Unidos saíssem dos tratados antimísseis, os russos estariam preparados com um míssil “invencível”.

Outra nação cujo aparelhamento nuclear ganhou o foco do noticiário internacional foi a Coreia do Norte e, mais uma vez, Trump estava envolvido no assunto.

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Mais tarde, em junho, Donald Trump e Kim Jong-un chegaram a se reunir Singapura, no que foi chamado pela mídia de “encontro do século”. Na reunião, Trump e Kim negociaram a paz, prometeram “uma grande mudança” e começaram a trabalhar na desnuclearização da Coreia do Norte.

Com o ‘cessar-fogo’ entre Kim Jong-un e Donald Trump, a península coreana conseguiu, enfim, respirar um pouco mais tranquila em 2018 que no fim de 2017.

Agora, no fim do ano, o presidente Donald Trump, afirmou que o grupo terrorista Estado Islâmico foi derrotado na Síria e que, por isso, faria a retirada dos soldados norte-americanos do país. A decisão vem gerando uma série de reações em todo o mundo.

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Nos Estados Unidos, a revista Time fez uma montagem de capa, também em junho, relacionando o presidente Trump a uma criança imigrante hondurenha, que chorava. A capa, que viralizou, foi uma referência à política do norte-americano que separava crianças imigrantes de seus familiares apreendidos nas fronteiras do país.

Depois de muito insistir nessa política, até ficar isolado mesmo dentro do seu partido, o republicano cedeu à pressão e assinou uma ordem executiva para reunir pais e filhos imigrantes separados ao cruzarem a fronteira com o México. Crianças brasileiras estavam entre as que foram separadas dos pais.

Internacional

Na lista dos acontecimentos que vão marcar os livros de história, em julho, o Parlamento de Israel aprovou a chamada lei do Estado Nação. Com ela, ficou determinado que o país passou a ser definido como um estado exclusivamente judeu. Polêmica, a lei garante também que Israel passe a ter como sua única capital “Jerusalém unificada”. Além disso, o hebraico agora é o idioma oficial dessa nação, reduzindo o árabe a uma ‘categoria especial’.

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Outra grande mudança que tocou o mundo árabe foi com relação às embaixadas de Israel. Afinal, em maio deste ano, o governo dos Estados Unidos finalmente inaugurou sua polêmica embaixada em Jerusalém, prometida no final de 2017.

A decisão do presidente Trump motivou os governos da Guatemala e do Paraguai a também mudarem suas embaixadas para Jerusalém.

Ainda em 2018, a Assembleia Nacional cubana aprovou um antiprojeto de reforma da Constituição desse país.

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Com um calendário eleitoral bastante gordo, 2018 foi o ano que mudou ou colocou em teste o posicionamento político de uma série de países. No México, por exemplo, Andrés Manuel López Obrador, do Movimento Regeneração Nacional (Morena), foi eleito, em julho, o primeiro presidente de esquerda do país. Ele assume no início de 2019.

Antes dele, em junho, Iván Duque foi eleito presidente da Colômbia até 2022. Duque, que já assumiu, representa o retorno do conservadorismo ao país, cujo governo vinha sendo comandado pelo neoliberal Juan Manuel Santos.

Apesar do clima de mudança, outros líderes conseguiram se reeleger nas urnas, como Recep Tayyip Erdogan, na Turquia, Vladimir Putin, na Rússia, e Nicolás Maduro, na Venezuela – mesmo que todas essas eleições tenham sido contestadas pela oposição.

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Na mesma linha, no Zimbábue, a primeira eleição após a queda do ditador Robert Mugabe resultou na vitória do seu já então sucessor, Emmerson Mnangagwa. Outro fim de Era aconteceu no Peru, onde, depois de sete anos no poder, Pedro Pablo Kuczynski (PPK) apresentou, em março deste ano, uma carta de renúncia ao seu cargo de presidente.

Mais uma pessoa que viu seu poder ser colocado em xeque foi a primeira-ministra britânica, Theresa May.

Ainda na Europa, outro líder que está com baixa popularidade é o francês Emmanuel Macron. Isso porque, desde o dia 17 de novembro, uma série de manifestantes foram às ruas vestindo coletes amarelos e fazendo solicitações ao governo da França.

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Na Venezuela, por sua vez, o próprio presidente Nicolás Maduro afirma ter sido alvo de um frustrado ataque a drones, em pleno discurso. Seis pessoas acabaram presas .

Uma morte que marcou o noticiário internacional no ano que está prestes a terminar foi a do jornalista saudita Jamal Khashoggi. Crítico ao governo, Khashoggi foi torturado e morto , em outubro, pela monarquia da Arábia Saudita no consulado do país em Istambul.

O caso chocou o mundo inteiro e foi, inclusive, lembrado pela revista Time como um dos episódios de destaques do ano, quando a publicação o selecionou – junto a outros jornalistas que foram assassinados ou que estão em perigo – para a Personalidade do Ano.  Os profissionais escolhidos foram citados pela revista como os “guardiões” da informação, na “guerra contra a verdade”.

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A Copa do Mundo, que ocorreu na Rússia neste ano, Putin e Salman também foram vistos sob gestos cordiais. A própria Copa é um capítulo à parte deste ano, pois foi marcada por uma série de protestos, boicotes e casos de assédio. Mesmo assim, foi chamada de sucesso pelo presidente russo.

Na península coreana, o ano começou sob duas indicações: a reaproximação histórica entre as Coreias do Sul e do Norte, e a ameaça nuclear entre Kim Jong-un e Donald Trump.

Enquanto Trump e Kim discutiam quem tinha o “maior botão nuclear”, a Coreia do Norte ligava para Seul , retomando uma comunicação que estava fechada há quase dois anos. Além disso, foi nesse ano que Kim Jong-un e Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, se reuniram em um encontro histórico, em abril, prometendo o fim da guerra na península. O encontro se repetiu em maio.

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Enquanto uma série de pais imigrantes reencontravam seus filhos na fronteira dos Estados Unidos, outros 12 pais passaram por dias de tortura, seguido de alívio, ao verem seus filhos, os 12 meninos do time de futebol Javalis Selvagens – serem resgatados com vida da caverna Tham Luang, na Tailândia.

O resgate emocionante foi concluído no dia 10 de julho, 18 dias depois dos meninos desaparecerem junto ao treinador deles.

Meses depois, do outro lado do mundo, um resgate que não se deu: o submarino argentino ARA San Juan, que levava 44 tripulantes a bordo, foi localizado nas águas do Oceano Atlântico. A embarcação, que ficou desaparecida por um ano, foi reencontrada em novembro, mas não pôde ser resgatada. Isso porque o submarino implodiu nas profundezas do oceano, incapacitando e inviabilizando a sua retirada do local. Nenhuma das vítimas sobreviveu.

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Fonte: Brazilian Press