17/01/201813h09A resistência de Michel Temer até anunciar o investigados por corrupção e outras irregularidades reforça a lógica de autopreservação política que se tornou marca de seu mandato. O episódio mostra, mais uma vez, que o presidente vai até o limite para tentar blindar o grupo que o mantém no poder.
O Palácio do Planalto recebeu em dezembro, do Ministério Público Federal, a primeira recomendação de afastamento dos vice-presidentes que, segundo os procuradores, participaram de operações suspeitas.
Se atendesse ao pedido, Temer provocaria ira entre os partidos que ajudaram a colocá-lo na cadeira de presidente em troca de cargos na máquina federal. Temer recusou a sugestão dos investigadores e tranquilizou as siglas que fizeram as indicações: PP, PR, PRB e, em especial, seu círculo de aliados do MDB.
As apurações internas da Caixa apontavam que havia risco de ingerência política na administração do banco. Ora, nenhum outro grupo além do círculo íntimo de Temer ocupou com tanto apetite esses espaços, o que reduziu o ímpeto do presidente para começar uma limpeza ali.
Como ocorre desde o início de seu governo, o feitas sobre os atos que têm impacto direto sobre a sustentação de seu governo.

Fonte: Folha de S.Paulo

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