SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O advogado Rodrigo Tacla Duran avisou ao deputado federal Rogério Correia (PT-MG) que irá participar no dia 19 de junho da sessão da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara convocada para ouvir o seu depoimento.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli concedeu no último dia 16 um salvo-conduto temporário para o advogado vir ao Brasil participar da reunião sem ser preso.

“Diante das tratativas mantidas pela Câmara dos Deputados com o depoente para que lhe seja assegurada ‘imunidade’, a fim de que possa esclarecer as denúncias em apreço ao parlamento, penso que não há outra alternativa senão a concessão de salvo-conduto para esta finalidade”, diz Toffoli em sua decisão.

Em mensagem ao deputado, Tacla Duran informou que poderia estar presente já no dia 19, data na qual deve ser marcada a sessão. O requerimento de convite foi aprovado na comissão em 9 de maio.

O objetivo dos parlamentares é pedir o aprofundamento das acusações que o advogado tem feito sobre o senador Sergio Moro (União-PR).

Tacla Duran vem sustentando que pessoas próximas a Moro tentaram extorqui-lo na negociação de um acordo de delação em 2016. Moro nega e afirma que o advogado fala sem provas sobre assuntos já investigados e arquivados pela Procuradoria-Geral da República.

O advogado Rodrigo Tacla Duran virou alvo dos investigadores da Lava Jato em 2016, quando foi apontado por delatores como operador financeiro de empreiteiras. Uma quebra de sigilo mostrou que o escritório de advocacia dele recebeu de construtoras R$ 55 milhões (em valores não corrigidos) de 2011 a 2013. Como advogado, atuou para a Odebrecht de 2011 a 2016.