O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na manhã desta quarta-feira, 26, que, se eleito, criará uma política de compensação para garantir a preservação de florestas e a redução na emissão de gases do efeito estufa. Ele, no entanto, não detalhou como o mecanismo funcionaria na prática.

“O Estado tem que ter uma compensação, sim. É preciso que a gente crie a política de incentivo, é preciso que a gente faça um estudo profundo”, afirmou Lula durante entrevista à Rádio Mix de Manaus. O ex-presidente repetiu que deve haver uma parceria com cientistas para o aprofundamento de pesquisas sobre a biodiversidade da Amazônia e extração de produtos para indústrias de fármacos ou cosméticos, garantindo, inclusive, melhorias na vida da população local.

Lula também defendeu a soberania da Amazônia e disse que o mundo deve arcar com as despesas pela preservação da floresta. “A gente tem que saber a importância da Amazônia para o mundo e o mundo tem que fazer um esforço para ajudar o Brasil a cuidar da Amazônia. A gente não abre mão da soberania da Amazônia, mas a gente sabe da importância dela para o mundo, para o clima do planeta Terra”, disse o ex-presidente. “As pessoas têm que arcar com a despesa para que a gente possa cuidar com amor e carinho da Amazônia, mas sobretudo cuidar do povo da Amazônia”, emendou.

O candidato petista voltou a dizer que já está provado cientificamente que não é preciso “tirar nenhuma árvore na Amazônia para plantar soja, plantar milho ou criar gado”. “Temos 30 milhões de terras degradadas, de pasto, que você pode recuperar, duplicar a produção de alimento do Brasil sem precisar derrubar uma árvore”, defendeu. Ele reforçou, mais uma vez, que, se eleito, o Brasil será autossuficiente na produção de fertilizantes.